Com camisetas estampando a saudade, os familiares de Alessandro Schenkel Fornari fizeram um protesto silencioso na tarde de quarta-feira, 29, no Fórum de Balneário Piçarras. A manifestação foi motivada pelos dois primeiros testemunhos de acusação ao suspeito de ter assassinado Alessandro, Éder Alves de Macedo, em fevereiro na cidade de Penha. Éder participou da audiência, que durou duas horas e meia. Novos depoimentos serão colhidos dia 8.
“Foi um crime hediondo e não houve legítima defesa. Os vizinhos ouviram meu irmão pedindo socorro. Éder foi pra cima dele e cometeu o crime”, conta Giovana Schenkel Fornari, irmã de Alessandro, advogado e que residia em Blumenau. Segundo as duas testemunhas de acusação, Éder, que responde pelo crime em liberdade, trazia um semblante de tranquilidade e não mostrou arrependimento.
Outras duas testemunhas de acusação não puderam comparecer por motivos pessoais e a Justiça autorizou nova audiência no dia 8, às 15h30. O advogado de Éder pediu e a juíza concedeu que Éder não comparecesse a esse novo encontro. O acusado está solto desde março. Seu advogado, Simon Gustavo Caldas de Quadros, alegou que Éder agiu em legítima defesa, não possui antecedentes criminais e não oferecer risco à população. A juíza Ana Vera Sganzerla Trucolo acatou a solicitação.
O assassinato no dia 2 de fevereiro na casa onde Alessandro vivia há oito meses. Apaixonado pelo mar, comprou a residência de frente para o mar, em Penha, distante poucos quilômetros do Parque Beto Carrero World. Foi no lugar que escolheu para viver que acabou morto com oito facadas pelas costas. Éder Alves de Macedo (28 anos) foi preso em flagrante pela Polícia Civil de Penha e é o único suspeito do crime. Segundo conhecidos, os dois mantinham um relacionamento amoroso e o término da relação teria motivado o crime.
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