O Conselho Comunitário de Segurança de Balneário Piçarras (Conseg) anunciou, durante sua segunda reunião pública, dia 25, a implantação de quinze câmeras inteligentes de monitoramento. Adquiridas através de parceria com a iniciativa privada, elas são de altíssima resolução e possuem a tecnologia Reconhecimento Ótico de Caracteres (OCR) – que é capaz de fazer a leitura de placas de veículos e identificação facial de suspeitos. Elas já estão sendo instaladas em pontos estratégicos da cidade.
“Os locais para a instalação foram definidos pelo serviço de inteligência da Polícia Militar. Por questões de segurança e sigilo, os locais não podem ser divulgados. As câmeras são de altíssima resolução e permitem a identificação de placas de veículos e identificação de facial”, detalha o presidente do Conseg, José Roberto Rosa. Até quarta-feira, 27, dez câmeras já haviam sido instaladas, conectando-se diretamente com as forças policiais do Estado. “O acesso às câmeras é exclusivo das Forças de Segurança, Polícia Militar e Polícia Civil”, acrescenta o presidente do Conselho.
José Roberto pontua ainda que estas entidades compartilham, entre unidades de outros municípios, informações relevantes como as de indivíduos com mandado de prisão em aberto, veículos, roubados ou furtados, veículos clonados, veículos envolvidos em assaltos. Essas são algumas das utilidades das câmeras. As imagens são em tempo real”. O valor do investimento não foi revelado, mas foi subsidiado pelas construtoras Vetter, Grupo Estrutura e Rôgga.
O tenente da Polícia Militar de Balneário Piçarras, Daniel Duering, enaltece que “esse projeto das câmeras OCR é, hoje, um dos projetos mais importantes para Santa Catarina. À medida que a gente constrói muralha digital dentro da cidade, a gente consegue elucidar muitos dos crimes que acontecem aqui. Hoje, o crime passa pelos veículos que transitam na cidade, por motos e carros que transitam na nossa cidade – tirando os pequenos furtos […] “Há um sistema de reconhecimento facial – onde a gente cadastra a face do indivíduo que a gente aborda, que comente furtos – e depois esse indivíduo que passa por uma câmera o software faz essa leitura e traz essa informação para gente”
“À medida que a gente constrói muralha digital dentro da cidade, a gente consegue elucidar muitos dos crimes que acontecem aqui”
DANIEL DUERING
O projeto começou a ser lapidado em novembro do ano passado, após visitas a cidades da região que adotam o mesmo modelo. A ideia foi agilizar a contratação e buscar um auxílio mais célere nos assuntos que envolvem a segurança pública municipal. “O modelo adotado pela cidade de Brusque, em que a iniciativa privada é responsável pelo custeio do projeto, nos pareceu mais rápido de ser implantado. Uma vez que o poder público tem toda uma burocracia a ser obedecida, até que seja efetivado o projeto”, compara o presidente do Conseg.
A ideia nasceu mais grandiosa. Por isso, segue em busca de parceiras para novas adesões. A estratégia do Conseg desta gestão é a de proporcionar que – em parcerias com entidades diversas, como do setor da construção civil, comércio, indústria e a comunidade – um sistema de monitoramento tenha Efetividade”, complementa o presidente. O projeto prevê outras 25 câmeras. “Essas câmeras vão ajudar muito, em muita coisa no setor da segurança pública”, analisou o secretário de Segurança Pública, Paulo Debatin, durante a reunião, dia 25.