Com 117 casos de dengue já confirmados, o prefeito de Balneário Piçarras, Tiago Baltt (MDB), decretou nesta sexta-feira, 16, situação de emergência em saúde pública diante da infestação pelo mosquito Aedes Aegypti. A decisão permite que a equipe de endemias do município proceda com ações mais incisivas na tentativa de conter o avanço do mosquito transmissor da doença.
“O Brasil enfrenta um verdadeiro estado de calamidade pública, em razão do altíssimo índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, o que se evidencia com o atual estado de alerta epidêmico que se encontra o Estado de Santa Catarina”, pontua Tiago no decreto, que tem validade de 180 dias. Pelo estado, Balneário Piçarras é considerado um município infestado pelo Aedes.
O decreto permite, em essencialmente, três ações. A primeira delas é a realização de limpeza de terrenos baldios sem muros ou cercas, pelo próprio Município, quando caracterizada situação de abandono sem prejuízo das penalidades cabíveis e cobrança pela execução do serviço conforme legislação específica.
A segunda é “o ingresso forçado pelos agentes públicos, regularmente designado e identificado, em imóveis públicos ou particulares, residenciais, comerciais ou industriais, independente da atividade, quando se mostre essencial para a contenção das doenças”.
Permite também o “o recolhimento de móveis, veículos, sucatas ou qualquer material depositado em vias ou logradouros públicos, no caso de situação de abandono ou de ausência de pessoa que possa efetuar a retirada, quando se mostre essencial para a contenção das doenças”.
Este ano, a equipe municipal do Programa de Combate à Dengue já realizou 387 bloqueios de transmissão, que consistem na aplicação de veneno em um raio de 150 metros do local onde o foco positivo foi registrado. Por conta do altíssimo número, a equipe suspendeu temporariamente o trabalho de monitoramento de armadilhas para se concentrar nos bloqueios.
A cidade ainda não registrou óbitos pela doença. No estado, há duas mortes confirmadas: uma em Itajaí e outra em São Francisco do Sul.
O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.
A DENGUE
A infecção pelo vírus dengue varia desde formas mais leves até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Os sintomas mais comuns da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda de pressão e sangramento de mucosas já são sinais de alarme da doença, indicando a necessidade de procura imediata do serviço de saúde.
A hidratação intensa é uma das principais medidas de tratamento, sendo importante que as pessoas com sintomas se hidratem desde o momento de espera pelo atendimento.
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