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quarta-feira 7 de maio de 2025


Balneário Piçarras: Ideb aponta queda nos Anos Iniciais e crescimento nos Anos Finais

Foto, Maurício Vieira
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O Ministério da Educação (MEC) divulgou na quarta-feira, 14, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023. Divulgado a cada dois anos, os índices educacionais de Balneário Piçarras revelam queda na média nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano) e alta nos Anos Finais (do 6º ao 9º ano) em comparação com os números de 2021. O cenário é idêntico entres as Redes Estadual e Municipal.

Nos Anos Iniciais, a média passou de 6,3 para 4,6 na Rede Estadual e de 5,9 para 5,8 na Rede Municipal. Nos Anos Finais, a Rede Estadual registrou crescimento de 5,3 para 5,7 e a Rede Municipal subiu do 4,8 para 5,1. A média vai de 0 a 10.

Essa é a segunda queda seguida do Ideb da Rede Municipal. Em 2019, o Ideb da Municipal era de 6,4 e passou para 5,9 em 2021. Já na Rede Estadual, a última queda foi em 2013 para 2015: 5,8 para 5,6. Em 2017, o índice foi de 6,2. Em 2019, as unidades do estado não participaram da avaliação. Numa escala comparativa desde 2005, quando o Ideb foi criado, a Rede Estadual passou de 3,8 para 4,6 e a Municipal de 3,6 para 5,8.

Em nível regional envolvendo os onze municípios da Foz do Rio Itajaí (Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Itapema, Itajaí, Ilhota, Luiz Alves, Navegantes, Porto Belo e Penha), o índice de 4,6 da Rede Estadual deixa a cidade na nona posição. Já na Rede Municipal, o município fica em oitavo. Camboriú lidera com 6,3 na Rede Estadual e Luiz Alves com 6,9 na Municipal.

Nos Anos Finais, a Rede Estadual possui a segunda melhor média na região da Foz do Rio Itajaí, atrás de Itapema (5,9). A Rede Municipal ocupa o quarto lugar, com Itapema (5,5), Itajaí (5,4) e Bombinhas (5,3) acima. Desde a criação do Ideb, a Rede Estadual passou de 3,8 (2005) para 5,7 (2013) e a Municipal de 4,1 (2005) para 5,1 (2023).

A secretária de Educação de Balneário Piçarras, Blaise Keniel da Cruz Duarte, pontuou que recebeu os números, que estão sendo analisados pelo corpo técnico da pasta. “Nós recebemos os dados, estamos analisando e depois que a gente tiver análise, a gente explica melhor. Porque tem todo um contexto a ser analisado, desde a aprovação altíssima até a reprovação. A gente vai analisando tudo para depois dar mais informações”, disse.

“Tem todo um contexto a ser analisado, desde a aprovação altíssima até a reprovação. A gente vai analisando tudo para depois dar mais informações”

BLAISE KENIEL DA CRUZ DUARTE

Blaise complementou que “estamos felizes com os resultados Ideb e muito gratos com todos os professores e profissionais envolvidos nos processos de ensino aprendizagem. Aumentamos a nota nos Anos Finais e conseguimos manter nota alta nos Anos Iniciais.  Estamos abrindo os dados para analisarmos e organizarmos as próximas ações”.

A Secretaria de Educação do Estado também foi procurada. Emitiu nota (leia na íntegra ao final da matéria) em que afirma que vem adotando medidas para melhorar a qualidade do ensino, já que 6 das 11 cidades da região da AMFRI apresentaram redução no Ideb. “Cabe destacar que as avaliações do Saeb usadas como base para o cálculo do Ideb foram realizadas em outubro de 2023, quando a gestão atual completava 10 meses de atuação. Desde o início de 2023, preocupada em melhorar a qualidade da educação catarinense, o Governo do Estado vem trabalhando na implementação de novas ações”, cita a nota.

“Desde o início de 2023, preocupada em melhorar a qualidade da educação catarinense, o Governo do Estado vem trabalhando na implementação de novas ações”

O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) por meio de provas de Língua Portuguesa e Matemática. Quanto maior o desempenho dos alunos e maior o número de alunos aprovados, maior será o Ideb.

“O Ideb é o mais importante indicador educacional de educação básica. Não há nenhuma política pública que tenha êxito sem ter metas, sem ter objetivos, sem ter planejamento, sem ter estratégia. Portanto, esse é um encontro importante para a educação brasileira. Os números vão nortear o planejamento, os caminhos, os passos seguintes para a educação básica do nosso país”, pontuou o ministro da Educação, Camilo Santana, em nota oficial.

Ele reforça que “o Ideb funciona como um norte para as tomadas de decisões na educação básica, determinando o que deve ser melhorado no ensino e garantindo que a construção dos programas e das iniciativas seja feita de forma a assegurar o atendimento das necessidades da população”.

NOTA DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO
“A Secretaria de Estado da Educação (SED) analisou os resultados apresentados pelo IDEB, que é um indicador que relaciona as taxas de aprovação escolar, obtidas no Censo Escolar, com as médias de desempenho em língua portuguesa e matemática dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Cabe destacar que as avaliações do Saeb usadas como base para o cálculo do Ideb foram realizadas em outubro de 2023, quando a gestão atual completava 10 meses de atuação. Desde o início de 2023, preocupada em melhorar a qualidade da educação catarinense, o Governo do Estado vem trabalhando na implementação de novas ações.

Entre elas, podemos citar o curso de formação para professores de Língua Portuguesa e Matemática, com foco na recomposição da aprendizagem.

Destacamos também a implementação dos três ciclos de avaliação anuais no Ensino Fundamental, em que as escolas podem ter um diagnóstico e trabalhar as habilidades que ainda não foram desenvolvidas pelos estudantes.

No Ensino Médio, o Governo do Estado instituiu o programa CaTec (catarinense técnico), que tem por finalidade oferecer aos estudantes a formação técnica e profissional. Investimento que irá repercutir nas taxas de aprovação e permanência dos estudantes nessa etapa de ensino da educação básica.

Além disso, a SED criou os Núcleos de Acompanhamento e Formação nas Coordenadorias Regionais de Educação, cujo objetivo é apoiar o trabalho pedagógico e propor formação continuada aos professores e gestores escolares.”

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