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quarta-feira 23 de abril de 2025


Minha Casa, Minha Vida muda regras e beneficia expansão

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O Governo Federal voltou atrás na decisão de exigir a pavimentação das vias para liberação dos recursos do Programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. O anúncio foi feito pelo Ministério das Cidades, mediante publicação da portaria nº 363, de 11 de agosto. Com isso, correspondentes da Caixa Econômica Federal acreditam no retorno da expansão imobiliária em áreas de crescimento, em Balneário Piçarras.
Desde 11 de fevereiro, a Caixa passou a liberar recursos dentro Programa apenas para construções de imóveis em ruas pavimentadas. A medida prejudicou muitas famílias interessadas em financiar seus imóveis no município, além de inviabilizar empreendedores do ramo. “Bairros como o Nossa Senhora da Paz e o Itacolomi serão os maiores beneficiados com a decisão”, afirma o corretor de imóveis e correspondente do banco, Márcio Merfort, referindo-se à revogação.
Contudo, somente serão liberados projetos para ruas não pavimentadas construções de unidades isoladas (uma casa) ou conjuntos com até doze unidades. As demais exigências como infraestrutura básica que permita ligações domiciliares de abastecimento de água e energia elétrica e que inclua vias de acesso, iluminação pública e solução de esgotamento sanitário e de drenagem de águas pluviais estão mantidas.
Alem disso, segundo a portaria, ainda é necessária há existência ou compromisso do poder público local de instalação ou de ampliação dos equipamentos e serviços relacionados à educação, à saúde, ao lazer e ao transporte público.

Teto financiável
O limite para um financiamento imobiliário para a região, através do ‘Minha Casa, Minha Vida’, também aumentou: passou de R$ 100 mil para R$ 130 mil. Contudo, segundo Márcio, essa não é uma alteração muito vantajosa. Isso porque, para ter acesso ao valor máximo e conseguir taxas de juros mais baixas, o comprador terá que desembolsar um valor mais alto.
Uma breve simulação do corresponde mostra que o perfil de renda ideal é para compradores que ganham até R$ 2.325,00. Neste caso, um para um financiamento de R$ 100 mil, o comprador teria que desembolsar uma entrada de R$ 8 mil. Já para o máximo de R$ 130 mil, a entrada seria de R$ 36 mil, para que as taxas de juros reduzidas do programa sejam aplicadas. “O valor de financiamento subiu, mas a renda ideal do programa se manteve e com isso a entrada para aquisição do imóvel fica maior”, finaliza.
 

Foto por: Felipe Bieging

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