Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados na última sexta-feira, 16, apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) de Balneário Piçarras – referente ao ano de 2020 – manteve a cidade entre as cinquenta maiores forças econômicas do estado. O PIB 2020 registrou pouco mais de R$ 1.2 bilhão, um crescimento de 10,20% em comparação com o ano anterior. Joinville se mantem como a grande potência catarinense: R$ 36,3 bilhões.
Com R$ 1.2 bilhão o município de Balneário Piçarras ocupa a 50ª posição entre os 295 municípios – queda de uma posição em relação ao ano de 2019, quando com R$ 1.1 bilhão ficou na 49ª posição. Na divisão dos valores por número de moradores, o PIB Per Capta, a cidade tem R$ 51.409 – a 52ª posição em SC após um crescimento de 7,3%. A cidade de Piratuba detém o maior PIB Per Capta: R$ 198.923,00.
O grande salto do PIB piçarrense ocorreu de 2016 para 2017, quando o IBGE apurou um avanço de 41,10% (R$ 594 milhões para R$ 839 milhões). O impulsionamento da construção civil foi apontando como a mola propulsora. Desde então, o percentual evolutivo ficou em 11,7% (2017/2018) e 17,97% (2018/2019) – momento em que a economia piçarrense entrou na escala do bilhão.
Pelos dados apurados de 2020, são 58 municípios catarinenses na escala do bilhão, liderados por Joinville, Itajaí (R$ 33 bilhões), Florianópolis (R$ 21.3 bilhões), Blumenau (R$ 17.7 bilhões), Chapecó (R$ 11.9 bilhões) e São José (R$ 11.5 bilhões). Juntos, os municípios bilionários somam R$ 278.522.382,00 e totalizam 79,6% do PIB de Santa Catarina, apurado pelo IBGE em pouco mais de R$ 349 bilhões.
Dos onze municípios que formam a região da Foz do Rio Itajaí Açú, a Amfri, sete estão entre as cinquentas principais economias: Itajaí, Balneário Camboriú (R$ 6.2 bilhões), Navegantes (R$ 4.9 bilhões), Itapema (R$ 2.4 bilhões), Camboriú (R$ 1.8 bilhão), Porto Belo (R$ 1.3 bilhão) e Balneário Piçarras. A Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável de Santa Catarina (SDE), reconheceu a importância crescente da região para o fomento da economia estadual.
“A região litorânea, especialmente no entorno de Itajaí, de forma geral, é a que mais cresce e ganha participação na economia estadual, com crescente densidade econômica e populacional”
PAULO ZOLDAN, ECONOMIS
“A região litorânea, especialmente no entorno de Itajaí, de forma geral, é a que mais cresce e ganha participação na economia estadual, com crescente densidade econômica e populacional”, destaca o economista da Secretaria, Paulo Zoldan. O Estado, por sua vez, ampliou o leque de análise dos números, comparando os números dos últimos 18 anos.
Ao analisar a evolução da participação no PIB ao longo da série 2002/2020, constata-se que Araquari, Navegantes, Barra Velha, Itapoá, Balneário Piçarras, Itajaí, Garuva, Treze Tílias, Camboriú e Botuverá foram os que registraram as maiores altas na participação no PIB Estadual. Participam com 5,8% do PIB estadual em 2002, passando para 14,9% de participação em 2020. Neste período, Balneário Piçarras teve o quinto maior crescimento percentual: 1.527%, passando de R$ 75 milhões para os atuais R$ 1.2 bilhão.
12 municípios responderam por 50% da economia estadual: Joinville (10,4%), Itajaí (9,5%), Florianópolis (6,1%), Blumenau (5,1%), Chapecó (3,4%), São José (3,3%), Jaraguá do Sul (2,9%), Criciúma (2,5%), Brusque (2%), Palhoça, (1,9%) Balneário Camboriú (1,8%) e Lages (1,7%). “Os dados vêm comprovando uma tendência de concentração da produção de riquezas do estado na faixa litorânea, notadamente entre a Grande Florianópolis e o Nordeste Catarinense. Por isso, nosso trabalho é cada vez mais buscar o equilíbrio desse crescimento econômico entre todas as regiões do estado. Santa Catarina possui uma economia diversificada, benefícios fiscais atraentes e um ambiente para investimentos muito favorável para todas as regiões”, destaca o secretário da SDE, Jairo Luiz Sartoretto.