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quinta-feira 19 de setembro de 2024


Monteiro inicia o Projeto ?Escola Sustentável?

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Sustentabilidade é a palavra da moda. Há décadas aplicada principalmente em grandes empresas e corporações, a palavra passou a ser sinônimo de uma nova visão ambiental, de quem se preocupa com a preservação da natureza e do uso e destino correto de produtos e serviços. Hoje, o princípio da sustentabilidade aplica-se a um único empreendimento, a uma pequena comunidade (a exemplo das ecovilas), até o planeta inteiro. Mas, para que um empreendimento humano seja considerado sustentável, é preciso que seja ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito.
Assumindo este desafio de ensinar sobre sustentabilidade e aplicar no próprio ambiente onde está inserida, uma equipe da Escola Monteiro Lobato decidiu implantar na escola o Projeto Escola Sustentável – sustentabilidade se aprende na escola. A apresentação inicial do projeto a todos os 700 alunos da escola, de pré ao 9º ano, aconteceu na última semana, cuja apresentação foi feita pela coordenadora do projeto, a professora e bióloga Luciana Suzin.
Segundo a coordenadora, há anos buscam-se alternativas para mudar a atitude dos seres humanos com relação à questão ambiental. “Durante todos esses anos temos visto muitas discussões da necessidade de inserir na escola tais temas e de tornar a questão ambiental presente em sala de aula. E apesar de tudo o que se tem falado, muitas vezes os discursos ficam longe das ações. O que esperamos na execução deste projeto é agir a partir do que já se tem falado e trabalhado em sala de aula. Tornar habitual o cuidado com a escola e com o meio ambiente”, destacou Luciana.
Entre as principais ações do projeto será identificar e promover atitudes sustentáveis no coletivo e, individualmente, e agir coerentemente com elas. “Vamos procurar incentivar atitudes diárias de respeito ao ambiente e à sustentabilidade entre os alunos, professores e funcionários da escola, como conservar a sala de aula, o pátio e os jardins da escola limpos e sem vandalismo, implantar o uso racional da água e energia, promover a coleta seletiva na escola e repassar o lixo reciclável para os catadores, além da participação em vários programas de reciclagem”, destacou a professora Luciana.
 

Alunos começam coleta de materiais para reciclagem e o recreio monitorado

Parte das ações do projeto ainda estão sendo aplicadas, mas os alunos já iniciaram a coleta em casa e na comunidade de várias embalagens de materiais que a escola vai receptar e encaminhar para reciclagem. Um dos programas que já está sendo desenvolvido a todo vapor na escola desde o ano passado é o Terracycle. No programa, os alunos coletam e trazem para a escola todas as embalagens de produtos congelados, como pizza, lasanha e outros, independente da marca, embalagens de refresco/gelatina em pó usadas, embalagens de salgadinho usadas de qualquer marca, embalagens de chocolate usadas e embalagens de papel sulfite – independente da marca. “As crianças e muitos pais estão empolgados com o projeto. Já estamos com muita coisa trazida pelas crianças. Isso mostra que estão se empenhando e estão mais conscientes”, lembrou a diretora Rosa Toller Guttmann. Além de fazer a destinação correta das embalagem para a reciclagem, cada doação de embalagens por alunos e pela comunidade, a escola arrecada R$0,02, que é revertido em prol da escola.
Segundo a diretora, a escola já implantou também o posto de coleta de pilhas usadas, que serão encaminhadas para a reciclagem correta. “Toda a comunidade poderá usar nosso posto de coleta para dar destino correto às pilhas. Logo, estaremos implantando em parceria com a JL Celulares (Claro) o posto de coleta de baterias também”, completou.
Em relação ao papel produzido e descartado na escola, o projeto também já definiu um destino correto. Cada sala de aula está separando todo o papel descartado e colocando em caixas, para posteriormente os alunos reciclarem o papel na oficina de reciclagem do CIEF. Esse papel reciclado será usado pela escola como cartões, dobraduras, etc.
Ainda neste primeiro semestre a escola também implantará um posto comunitário de coleta do óleo de cozinha usado para fazer sabão. “As nossas merendeiras já estão destinando corretamente o óleo usado para embalagem coletoras. Logo, vamos abrir a coleta para toda a comunidade. Primeiro porém, estamos cadastrando as mães da escola e pessoas da comunidade que saibam fazer o sabão e os que querem aprender para iniciarmos as oficinas”, destacou a diretora Rosa.
Dentre as demais atividades do projeto estão o recreio monitorado, a gincana “turma ecológica”, entrevistas de moradores do bairro e, especialmente, a sensibilização dos alunos e funcionários através de palestras e orientação para conseguir o engajamento de todos.
 

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