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domingo 10 de dezembro de 2023


Escola de Atendimento Municipal à Educação Especial de Luiz Alves lança projeto de inclusão ao mercado de trabalho

Onze alunos da instituição de Luiz Alves serão capacitados a confeccionarem estopas com resíduos das indústrias têxteis da cidade

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A equipe da Escola de Atendimento Municipal à Educação Especial (EAMEE), de Luiz Alves, prepara o lançamento de um projeto voltado à inclusão de seus alunos no mercado de trabalho: o Projeto Estopa. Onze alunos da instituição serão capacitados a confeccionarem estopas com resíduos das indústrias têxteis da cidade – que mensalmente descartam toneladas do refugo proveniente do corte de malhas. A aula inaugural será no próximo dia 16, a partir das 8h.

Onze alunos da EAMEE participarão do projeto

O Projeto Estopa nasceu de uma necessidade que os próprios alunos comentavam em sala de aula: a vontade de poder trabalhar. A partir disso, as professoras pesquisaram outros projetos e realizaram uma visita para conhecer de perto uma proposta semelhante em um município vizinho. Com esta visita, a equipe amadureceu a ideia e lançou o projeto que vai oportunizar ao aluno a aprendizagem de trabalho e torná-lo mais integrado à sociedade, permitindo novas descobertas e a valorização de suas habilidades, despertando assim sua autoestima e autoconfiança, além de inúmeros outros benefícios.

“Oportunizar aos alunos mais uma proposta inclusiva é quebrar barreiras da incapacidade e enfatizar as habilidades, que muitas vezes ficam ocultas devido a preconceitos e julgamentos”

FABIANA ROSA DA SILVA TOLARDO

“Estou muito feliz e ansiosa para o início deste projeto. A ideia surgiu da professora Tatiana, que sempre teve ânsia de oferecer aos alunos a oportunidade de uma atividade mais voltada para a inserção ao mercado de trabalho. Após algumas pesquisas, visitas e conversas chegamos neste propósito, que está prestes a se tornar realidade. Oportunizar aos alunos mais uma proposta inclusiva é quebrar barreiras da incapacidade e enfatizar as habilidades, que muitas vezes ficam ocultas devido a preconceitos e julgamentos. Esperamos que este projeto traga resultados incríveis e já estamos com ideias para outros neste mesmo segmento”, detalha a coordenadora da Educação Especial de Luiz Alves, Fabiana Rosa da Silva Tolardo.

As aulas acontecerão no Casarão Dudalina, nas segundas-feiras a tarde e quintas-feiras pela manhã. Após as primeiras semanas de capacitação, os alunos do projeto poderão começar a receber suas encomendas de estopas, colocando em prática tudo que aprenderam. “Com esta proposta será possível oportunizar a inclusão socioambiental dos alunos da EAMEE de Luiz Alves, ou seja, a inclusão social e a inclusão ambiental com a produção da estopa e com o reaproveitamento de retalhos de tecidos que podem ser utilizadas em polimento de automóveis, limpeza de diversos tipos de equipamentos entre outras utilidades”, celebra Fabiana.

O reaproveitamento dos resíduos têxteis já vem ao encontro da Política Municipal de Educação Ambiental, instituída pela Lei n.º 1.798/2019, e as atividades que o município de Luiz Alves vem desenvolvendo frente aos problemas ambientais – uma vez que o projeto também possuí viés socioambiental. “Boa parte desses resíduos podem ser reaproveitados pelo mercado de retalhos, para utilização como trapos mecânicos e estopa”, acrescenta Fabiana.

“A imersão das PcDs no mercado de trabalho ainda é um desafio que precisa ser superado e por meio de oficinas de iniciação ao trabalho, os alunos da turma de adultos poderão vivenciar essa experiência”

FABIANA ROSA DA SILVA TOLARDO

Como a EAMEE é uma instituição que visa a inclusão de seus alunos tanto na sociedade, quanto no mercado de trabalho, seus profissionais perceberam a necessidade de oportunizar o ensino e aprendizagem para o ingresso no mercado de trabalho, afinal, é notória a importância de formar pessoas com deficiências (PcDs) cada vez mais autônomas e ativas na sociedade. “A imersão das PcDs no mercado de trabalho ainda é um desafio que precisa ser superado e por meio de oficinas de iniciação ao trabalho, os alunos da turma de adultos poderão vivenciar essa experiência”, finaliza a coordenadora.

O projeto será uma parceria entre as Secretarias de Educação, Turismo e Desenvolvimento Econômico e Agricultura e Meio Ambiente, além de contar com a professora voluntária Maria Ivete Cunha Biz, que possui anos de experiência no ramo têxtil.

REDAÇÃO, JORNAL DO COMÉRCIO
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