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terça-feira 10 de setembro de 2024


Estado suspende comercialização e consumo de ostras e mariscos de toda costa catarinense

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A retirada, a comercialização e o consumo de moluscos bivalves (ostras vieiras, mexilhões e berbigões) em toda a costa catarinense estão suspensos, devido à detecção da presença da toxina ácido ocadaico em molusco em praticamente todos os municípios onde estes animais aquáticos são cultivados. A medida visa preservar a saúde dos consumidores e foi determinada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária e da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

LEIA A NOTA TÉCNICA

A Cidasc monitora constantemente as áreas de cultivo de moluscos bivalves, por meio de análises para detectar a presença de contaminantes microbiológicos e também de ficotoxinas e algas produtoras de toxinas. Ao se alimentar os moluscos podem  absorver algas produtoras de toxinas e quando estas toxinas ultrapassam o limite previsto na legislação pode representar um risco para quem consome estes animais. Vale lembrar que esta toxina não é prejudicial para os moluscos, no entanto, se consumidos pelo ser humano provocam sintomas gastrointestinais como náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.

Os resultados obtidos nas análises da água indicando uma grande floração da alga produtora da toxina associado às análises realizadas na carne dos moluscos nos últimos dias levaram à decisão de suspender a retirada, comercialização e consumo das ostras, mariscos, mexilhões e berbigões, bem como de recomendar que a população não consuma estes animais aquáticos retirados de bancos naturais, como costões e beira de praia.

“Este é um evento natural que pode ocorrer em determinadas épocas do ano e tem relação com diversos fatores como correntes marítimas, condições climáticas… , explica o médico-veterinário Pedro Sesterhenn, responsável pelo Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos e das Abelhas na Cidasc.

 A Cidasc intensificará o monitoramento nos próximos dias e, havendo mudança no quadro, avaliará se é possível liberar a retirada, comercialização e consumo dos moluscos sem que haja risco para a saúde humana.

REDAÇÃO, JORNAL DO COMÉRCIO
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