Balneário Piçarras ganhou na manhã desta quinta-feira, 30, uma nova opção de turismo, lazer e esporte: um clube de canoagem havaiana. O Piçarras Va´a foi criado por uma entusiasta do esporte, que encontrou nas remadas pela costa piçarrense uma forma de conexão entre corpo e mente. Um tradicional batismo havaiano chancelou o ingresso das canoas Alika e Lokahi no azulado Atlântico.
“Eu comecei a remar com canoas havaianas, aqui em Piçarras mesmo, mas infelizmente devido a alguns atos de vandalismo quebraram as canoas e o proprietário desistiu de continuar com a ideia de canoas havaianas aqui. Eu sou praticante de canoas havaianas e pelo fato de todos os benefícios que eu vi, que eu tive com a remada, eu decidi a gente deveria ter esse esporte que está na cidade”, conta a remadora.
A navegação, neste momento, é mais destinada ao público infanto-adulto, com previsão de saídas sempre que um grupo se formar e se o mar oferecer condições de navegação. “A nossa cidade tem muita prática esportiva na areia, mas infelizmente no mar a gente não tem. Então, visando agregar um novo esporte para a cidade, bem como trazer esse bem-estar, mais saúde para todos os praticantes, foi que a gente teve essa ideia de montar o clube”, reforça Évy.
Ela acredita que o clube possa fortalecer o turismo náutico, com uma opção acessível e saudável. “A ideia é que ele venha tanto agregar como turismo, porque a gente vai ter esses passeios avulsos para o pessoal que vem conhecer a cidade, como também como esporte para o pessoal praticar diariamente”, enaltece.
Além dos benefícios físicos, Évy crava que “mentalmente falando, eu garanto para vocês que ela é muito boa para quem tem ansiedade, para quem sofre de depressão. Você vai para a água, a energia que vem do próprio mar já, qualquer esporte aquático, a gente já sente isso, mas da canoa você está ali remando, você está focado naquilo e você está trocando energia com outros remadores, porque a canoa sozinha não anda, ela precisa de uma harmonia”.
Quanto ao batismo, a remadora explica a simbologia do ato. “A cultura havaiana considera que as canoas elas têm uma alma própria […] Então as canoas elas são batizadas, como a gente é batizada, ela ganha nome, ela tem a energia própria dela. Então esse batismo é isso, esse simbolismo, a gente coloca água de cachoeira, que é uma água doce e pura, com a água do mar, que é onde a gente vai navegar diariamente”, encerra.