O triatleta de Penha, Mario Jose Alves (50 anos), está promovendo a inclusão social de pessoal com mobilidade reduzida no cenário nacional da modalidade. Ele é o único brasileiro no Circuito Nacional de Triathlon a participar das provas levando uma atleta com deficiência. Junto dele, está Ezequiel Geraldo, que é amputado de uma perna: no último dia 18 de fevereiro, eles participaram da primeira prova, o GP Extreme Series Brasil, etapa de Penha.
Na prova de Penha, Mário e Ezequiel percorreram 750 metros de natação, 25 quilômetros de ciclismo, “a parte mais difícil”, segundo Mário, e mais e 5 quilômetros de corrida. “Sou idealizador do Projeto Corrida Acessível, que disponibiliza todos os dias na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, triciclos adaptados para corrida com Pessoas Com Deficiência (PCD´s)”, detalha Mario.
A dupla cruzou a linha de chegada com um tempo total de 2h13min25seg. “Foi minha primeira prova de Triathlon, aqui em Penha, e foi uma experiência incrível, fomos a única dupla inclusiva do evento […] Meu condutor é o idealizador do projeto Corrida Acessível e ele deu um show foi fantástico. O esporte é a maior ferramenta de inclusão”, definiu Ezequiel.
Mario acrescentou que “quem vê a gente nadando, pedalando ou correndo sorrindo e zoando muito todo mundo, pode pensar que para o PCD que fica o tempo todo sentado é fácil. Pelo contrário, a maior superação é a deles como toda a dificuldade de locomoção, a falta de acessibilidade e principalmente a falta de empatia e olhares de canto de olho de quem duvida do seu potencial”.
Mario e Ezequiel são presenças confirmadas no GP Winter Penha e IronMan 70.3 Fortaleza. “Nosso principal objetivo é completar o Ironman Full, com 3.8 quilômetros de natação, 180 quilômetros de bike e 42 quilômetros de corrida”, encerrou Mario, que já correu provas de 5, 10, 21km e duas maratonas (Florianópolis e Rio de Janeiro) com PCD´s.
