Quinze. Esse é o número de presos que foram transferidos da Cadeia de Balneário Piçarras para a recém inaugurada Unidade Prisional Avançada (UPA) de Barra Velha. O número não aliviou a superlotação na cela, que atualmente aglomera 42 detentos em um ambiente adequado para somente 12. Não existe previsão para novas transferências.
“Não conseguimos mais remanejar os presos. O juiz de Barra Velha já determinou que não mandem mais presos para aquela Unidade”, afirma o agente prisional da Cadeia, Adriano Zapata. Na época, antes dos quinze remanejamentos, a Cadeia local abrigava 60 presos. “As transferências foram apenas um paliativo. Mas muito curto”, completa Zapata, já prevendo que o número de presos deve crescer na cadeia em que administra.
Com capacidade para 72 presos, a UPA de Barra Velha foi inaugurada no dia 3 de maio e já está totalmente lotada. “A UPA de Barra Velha em pouco nos adiantou. Quase nada”, lamenta Zapata, que vem tentando enviar os detentos para outros presídios, mas sem sucesso. Com a superlotação, duas fugas já foram registradas este ano, totalizando o sumiço de treze detentos. Muitos foram recapturados.
Em Itajaí, o Governo do Estado vem investindo na construção de outra UPA. No entanto, Zapata não acredita que sua inauguração vá amenizar a situação de Balneário Piçarras. “É uma Unidade que será inaugurada lotada”, frisa. Ele cobra das autoridades municipais a busca por recursos Estaduais e Federais para a construção de uma Unidade Prisional no município.
“O ideal é que a Prefeitura já disponibilizasse um terreno para uma futura UPA”, alerta Zapata, revelando a liberação de grandes quantias Federais para o setor. Atualmente, dos 42 presos (33 homens e 9 mulheres), 90% são pessoas que são detidas no município vizinho de Penha. Dos quais, 80% por furto e drogas, 15% no tráfico e outros 5% por homicídio.
Foto por: Arquivo|Felipe Bieging|JC
