A concessionária Arteris Litoral Sul aguarda a liberação de um projeto, ao custo de R$ 537 milhões, para desafogar o trânsito na BR-101 entre os municípios de Balneário Piçarras e Itajaí, passando pelo município de Penha e Navegantes. O projeto foi protocolado no mês de agosto de 2020. A informação foi revelada durante a audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores de Penha, dia 12.
O evento foi conduzido pelo vereador Everaldo Dal Pozzo (PL), o Italiano – proponente da audiência pública – com a presença do presidente da casa, Maurício da Costa (MDB), o Lito, do presidente da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri) e prefeito de Penha, Aquiles da Costa (MDB), do diretor de Operações Sul da Arteris, Antônio César Ribas, e do coordenador de projetos da concessionária, Marcelo Possamai.
Marcelo Possamai apresentou o projeto e explicou que o trecho da região tem um fluxo diário de 75 mil veículos que, em horários de pico, resultam em uma velocidade média de 10 km/h, gerando vários quilômetros de congestionamento e um custo enorme para a cadeia produtiva e toda a sociedade. “É um trecho com vários rios, com necessidade de várias pontes, o que também é um complicador”, ressalta o coordenador de projetos da Arteris.
No geral, o valor de R$ 537 milhões do projeto engloba a construção de duas pontes em Navegantes, um trevo no município de Penha, marginais entre Penha e Navegantes, as marginais de Itajaí e ainda trevo com viadutos de acesso à rodovia Jorge Lacerda, trevo da avenida Adolfo Konder (em Itajaí), uma ponte sobre o rio Itajaí Mirim e as marginais até a Canhanduba. “Precisamos de um esforço conjunto entre ANTT, DNIT, DEINFRA e as prefeituras para que este projeto aconteça”, conclui Possamai.
O prefeito de Penha e presidente da Associação de Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), considera que a questão da BR-101 é um empecilho para toda a região. “Somos 11 municípios e, sem sombra de dúvidas, a região que mais cresce em Santa Catarina, mas perdemos muitos investimentos por conta deste gargalo na rodovia. Por isso estamos fazendo todos os esforços necessários”, ressalta o presidente da Amfri que não descarta uma ação judicial para conseguir a liberação do projeto que está parado há dois anos na ANTT.