Após a análise de especialistas de Emergências com Produtos Perigosos do Corpo de Bombeiros Militares de Santa Catarina (CBMSC) – em análise conjunta com uma engenheira química da empresa Bendini – foi confirmado que cerca de uma tonelada de Hipoclorito de Cálcio (usado para tratamento piscinas no local) estava dentro dos galpões que pegaram fogo na manhã desta terça-feira, 20, no bairro São Cristóvão, em Penha. O incêndio se iniciou por volta das 8h.
De acordo com o Major Fernando Ireno Vieira e Major Marcelo Della Giustina da Silva, que estiveram no local, o produto químico não foi o causador do incêndio e não há relação com as chuvas. “O produto químico em si não causa toxicidade, porém a fumaça é tóxica por conta da quantidade de material combustível próximo, como plástico polietileno e matérias-primas para produção industrial. Não há vítimas até o momento”, pontuou o CMBSC em nota oficial emitida às 11h35.
A Defesa Civil de Balneário Piçarras frisou que a recomendação “neste momento é não entrar em contato com a fumaça e se afastar para uma distância segura”. Os Pronto Atendimentos de Balneário Piçarras e Penha estão em atendimento normal. O trânsito na BR-101 segue bloqueado em ambos os sentidos.
O CBMSC afirmou ainda que “a partir de agora é considerado um incêndio normal, sem ação de produtos perigosos, porém é um incêndio de grande proporção e a missão da corporação é proteger uma edificação próxima, bem como manter os bombeiros em segurança, uma vez que há muito calor e material queimando no local. Serão necessários milhares de litros de água para o combate”. As labaredas de fogo tomaram o local, chegaram uma nuvem de fumaça tóxica que foi levada para os municípios vizinhos.
As equipes estão atuando com cinco caminhões do CBMSC para combater o incêndio, utilizando água, bem como um caminhão pipa particular que está em apoio. Além disso está sendo monitorado o vento, que no momento está soprando em direção ao outro lado, levando o calor e a fumaça, sem trazer risco para esta edificação. Os prejuízos estimados, segundo fontes da reportagem – entre produto perdido, materiais, equipamentos e galpão – são milionários.