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Piçarras
sexta-feira 9 de maio de 2025


Plano de Manejo do Parque Rio Piçarras deve ser apresentado em 60 dias

“Estamos solicitando novas informações técnicas dentro do estudo apresentado. Estamos aguardando o envio do Plano de Manejo Consolidado para análise”

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O Instituto do Meio Ambiente de Balneário Piçarras (IMP) espera, dentro de dois meses, realizar a audiência pública de apresentação e discussão do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Rio Piçarras. O documento passa por ajustes finais, mais técnicos, antes de avançar aos próximos passos que resultaram na consolidação de uma gigantesca área de preservação no coração da cidade.

“Antes levaremos para o Condema se manifestar e depois a audiência pública, imagino que daqui uns dois meses. Queremos que chegue pra audiência pública o mais completo possível”

ROSEMARI BONA, PRESIDENTE DO IMP

“Estamos solicitando novas informações técnicas dentro do estudo apresentado. Estamos aguardando o envio do Plano de Manejo Consolidado para análise (recebimento previsto para semana que vem)”, adiantou a presidente do IMP, Rosemari Bona. Antes de avançar à audiência pública, o estudo que definirá a utilização ordenada e os equipamentos que serão implantados passará pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema).

A ideia do IMP é que o Plano de Manejo seja apresentado a sociedade com o máximo de informações técnicas possíveis. “Antes levaremos para o Condema se manifestar e depois a audiência pública, imagino que daqui uns dois meses. Queremos que chegue pra audiência pública o mais completo possível”, reforça a presidente do IMP, garantindo ampla divulgação dos próximos passados.

O Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Rio Piçarras está sendo lapidado pela equipe técnica da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) – sob o crivo da Comissão Técnica do IMP – desde junho do ano passado.  “O Plano de Manejo do parque é como o zoneamento de uma cidade. Com ele, sabemos quais a existência das espécies e o que podemos fazer”, acrescenta Rosemari.

Algumas ideias já foram postas no papel, como por exemplo, a criação de três quilômetros de trilhas ecológicas. O IMP já batizou as cinco trilhas que percorrerão os 747 mil metros quadrados do Parque: Ipê Amarelo, Jerivá, Mangue, Mirante e Olandim. A proposta vai além: incluir os trajetos naturais na Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso. Vamos criar um bom parque para que os munícipes possam usufruir”, assegura a presidente do IMP.

Imagem aérea mostra exata delimitação do futuro parque

Outras também foram debatidas, como a criação de um Mirante 360 graus (com vista para o mar e região rural), horto florestal, decks e trapiches ao longo dos 4,2 quilômetros de rio que cercam o parque. O Plano de Manejo contribuirá para a definição de utilização e o zoneamento desta Unidade de Conservação.

Em agosto de 2020, o IMP recebeu da Superintendência de Patrimônio da União em Santa Catarina (SPU) a cessão de uso gratuito da área e tem prazo de 3 anos para que o projeto seja idealizado e o parque esteja efetivamente criado. Esse prazo foi estipulado pela SPU. O processo de criação do parque teve início em 2019 e resultou na outorga ao município pelo prazo de 20 anos – com possibilidade de prorrogação.

O acesso principal para o parque será pela Rua 5591 (Capivara), atrás do Museu Oceanográfico Univali, no bairro Santo Antônio, porém ainda não é possível chegar até o local. A ideia de criação do Parque surgiu em 2017, quando se iniciou os estudos no local pelo doutor em Biologia Vegetal, Ademir Reis, contratado pela, ainda então, Fundema.

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