Três deliberações positivas foram anunciadas durante a audiência pública que discutiu a situação de superlotação dos cemitérios da cidade de Penha – realizada na noite da última terça-feira, 14, através de iniciativa do Poder Legislativo. A com ações imediatas condiz com ampliação e revitalização do cemitério do Gravatá, mediante a aquisição de terreno pela Prefeitura.
“Hoje assinamos o termo de acordo administrativo, amigável, que transfere para o município, através da compra, uma fração de um imóvel para iniciarmos as obras de ampliação do cemitério do Gravatá e também a construção da capela mortuária, que há muito tempo é um desejo da comunidade”, contou em primeira mão a secretária de Administração, Camila Luchtenberg.
“Hoje assinamos o termo de acordo administrativo, amigável, que transfere para o município, através da compra, uma fração de um imóvel para iniciarmos as obras de ampliação do cemitério do Gravatá”
CAMILA LUCHTENBERG, SECRETÁRIA DE ADMINISTRAÇÃO
O presidente da Câmara, Adriano de Souza (PSDB), que junto de João Antônio Costa (Cidadania) foi autor do pedido de audiência, detalhou o projeto de revitalização do campo-santo de Gravatá. “No Gravatá, esse terreno que a Prefeitura comprou, vai dar em torno de 2.600 a 2.800 novas covas. Então, supre uma demanda de uns dez anos”, acrescentou ele. “Assinamos este acordo para a compra do terreno foi o primeiro passo e um dos mais importantes. Com a conclusão da compra, já temos o passo a passo da elaboração do projeto (…). Com isso, nossa meta é finalizar todo o processo em 2023”, incrementou Camila.
Quanto ao histórico cemitério de Armação do Itapocoróy, ao lado da bicentenária capela de São João Batista, Adriano adianta que na audiência já “ficou deliberado na audiência – e está registrado em ata – que há uma família na Praia Grande que tem uma área de 600m² e que está anexa ao cemitério. Semana que vem, o Executivo vai conversar com a família para encontrar um entendimento financeiro”.
Para o cemitério do Centro, o Governo Municipal deve proceder com a desafetação de uma via lateral para ampliar o espaço em mais alguns metros. “No cemitério do centro, ficou deliberado que a rua que passa ao lado será desafetada e incorporada ao cemitério. Foi uma grande audiência e que agilizou muitas situações. Muitos atos foram sacramentados na semana que antecedeu a audiência”, encerrou o presidente.
CRIAÇÃO DE CREMATÓRIO SERIA ALTERNATIVA
O engenheiro ambiental Marcelo Cunha, do município de Barra Velha, que é mestre em Tecnologia e Ambiente pelo IFC, ampliou a discussão para o viés da cremação. “Será que os cemitérios são realmente a melhor alternativa? Será que devemos continuar resistentes às outras soluções, como os crematórios – que quando operados de maneira correta não trazem nenhum dano ambiental?”, questiona.
Outro apontamento feito por Cunha diz respeito à verticalização dos cemitérios, os gavetários. “Os cemitérios verticais também são uma alternativa. No entanto, o que a gente vê em muitas cidades, é simplesmente o aproveitamento de espaço construindo gavetas acima do solo. Isso não pode ser chamado de cemitério vertical! Cemitério vertical tem controle dos gases e contenção do necrochorume”, ressalta o engenheiro ambiental.