O fotógrafo, Rafael Saldanha, vai revelar neste sábado, 22, a mais pura essência da pesca artesanal de Penha. Às 17h30, no Pacífico Bar, em Armação, ele apresenta à sociedade local o projeto fotográfico “Raízes” – em que traça a história de tradicionais berços pesqueiros dentro de uma ótica de extrema convivência com pescadores mais tradicionais da cidade. Uma exposição com 36 enormes painéis e o lançamento do livro darão vida aos personagens.
“Aquele pescador que se lança sozinho ao mar às três horas da madrugada, que sustenta sua família com a pesca, que consegue pagar o estudo dos filhos com a pesca”
RAFAEL SALDANHA
“Vou revelar a cultura da pesca artesanal, aquela de raiz. Aquele pescador que se lança sozinho ao mar às três horas da madrugada, que sustenta sua família com a pesca, que consegue pagar o estudo dos filhos com a pesca. Essa cultura precisa ser eternizada”, explica Rafael. Seu trabalho foi focado nas regiões de Armação de Itapocorói, Rio Iriri e Praia de São Miguel, com os primeiros registros fotográficos sendo feitos em 2012.
Ele também resgata a história de pescadores artesanais, conectando as tradições de Brasil e Portugal – celebrando os 200 anos da colônia portuguesa Nova Ericeira, que foi estabelecida no litoral norte de Santa Catarina. Em síntese, as fotografias do projeto fazem uma costura da rotina dos pescadores artesanais que formam a comunidade da Nova Ericeira tanto de Portugal como do Brasil.
No livro, as centenas de registros revelarão a pesca por meio de “histórias contadas por alguns personagens que irão representar toda a classe”, complementa o fotógrafo – de apurado olhar e que utilizou a técnica do preto e branco para desenvolver o Raízes. “O estilo preto e branco eleva o imaginário de quem observa a foto. Faz a pessoa se conectar diretamente com o retrato, dentro de um ramo que meche muito com a fé, com a sorte”, explica.
O livro será comercializado ao valor de R$ 80,90. No dia do lançamento, Rafael Saldanha também irá autografar as obras. Já os painéis são de um metro e meio de altura e ficarão à visão dos visitantes no sábado e domingo (22 e 23), também no Pacífico Bar. “Esse projeto é itinerante e sua próxima parada já tem sua bússola apontada para Curitiba (PR)”, adianta o fotografo, que é natural da capital paranaense e atualmente reside em Penha.
O livro Raízes tem a edição, projeto gráfico e diagramação do jornalista piçarrense, Luiz Garcia. A exposição tem a curadoria de Nilo Biazzetto Neto. O projeto conta com o patrocínio da Celesc e Pacífico Bar, com o apoio da Incentive.me e Oficina Birô de Criação. A agenciamento cultural é da 4Alles Produção Cultural.
ABRE ASPAS | Rafael Saldanha
“É com muita alegria que eu convido todos vocês a participarem do lançamento do meu livro e da inauguração da exposição do projeto Raízes. Nesse evento único, vamos explorar a fascinante história da rotina de trabalho dos pescadores artesanais e prestar uma emocionante homenagem aos nossos ancestrais portugueses e açorianos, representados pelos principais personagens da pesca artesanal da região. Venham se juntar a mim e mergulhar nessa linda história que será compartilhada por meio de lindas fotografias, que nos conectarão com as tradições transmitidos ao longo das gerações. A exposição será um verdadeiro testemunho do amor pelo mar, da resiliência e da dedicação desses pescadores, que deixaram sua marca na história da nossa região. É uma oportunidade especial para valorizar sua contribuição e entender a importância da pesca artesanal em nossa comunidade. Fiquem à vontade para convidar seus amigos, familiares e todas as pessoas que também apreciam e valorizam a cultura e as tradições dos nossos pescadores artesanais”.
RAFAEL SALDANHA
De origem curitibana, mas com as raízes fincadas há 20 anos em Penha, o fotógrafo começou a carreira em 2008, trabalhando como freelancer na Prefeitura de Penha. Em 2016, passou a se dedicar à fotografia documental. Sua jornada de descoberta e apreciação na área documental já lhe rendeu alguns prêmios. Em 2017, foi vencedor do Concurso Transversalidades – Fotografia sem Fronteiras do Centro de Estudos Ibéricos em Portugal, na categoria Espaços Gerais, Agricultura e Povoamento, com o documentário, “Los Chapoleros” Os Colhedores de Café dos Andes Colombianio. Em 2019, venceu o Concurso Internacional de Fotografia: Objetivo Mundo do Trabalho, presente, passado e futuro na categoria Mulheres no Trabalho, em homenagem ao centenário da Organização Internacional do Trabalho, organizado pelo programa Construyendo Arte da Red Social UOCRA. E em 2021 recebe o Grande Prêmio Fotografe, na categoriaEnsaio/Documental, com a obra “Raízes” sobre a pesca artesanal. Além disso, o fotógrafo recebeu algumas menções honrosas nos concursos 13ª Premio New Holland de Fotojornalismo e Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show 2018/2019.