A ONG SelvAge Mata Atlântica, cravada na preservada morraria do Quininho, em Balneário Piçarras, acaba de aderir a projeto que busca o canto e a liberdade: “Quem Ama, Deixa Voar”. A proposta consiste na entrega voluntária de pássaros e gaiolas, para que – após análise clínica – possam ser devolvidos ao habitat natural. As gaiolas serão transformadas em adornos decorativos.
“Balneário Piçarras tem uma zona de mata preservada muito intensa e é lá o lugar dessas aves”
PATRÍCIA CUADRADO
“A manutenção de aves em gaiolas é uma realidade aqui na nossa região. O foco desse projeto é conscientizar as pessoas, as crianças, que lugar de passarinho é solto, é na natureza. É essencial que todos tenham essa consciência. Balneário Piçarras tem uma zona de mata preservada muito intensa e é lá o lugar dessas aves”, explica a bióloga da ONG, Patrícia Cuadrado.
Segundo Patrícia, “,os animais mantidos em cativeiro quem forem entregues voluntariamente ficarão de responsabilidade do Grupo de Operações de Resgate (GOR) para avaliação, quarentena ou reabilitação, se necessário, para posterior soltura na natureza”. A entrega pode ocorrer na sede ONG SelvAge Mata Atlântica – localizada na Estrada Geral Morro Alto. O telefone de contato é o (47) 9 9193-8855. Mudas de árvores nativas serão entregues às pessoas que participarem do projeto.
“Quem realizar a entrega voluntária de gaiolas, receberá mudas nativas da Mata Atlântica visando a conscientização da população a plantar arvores nativas para atrair aves – ao invés de mantê-las presas em suas casas”, acrescentou Patrícia. As gaiolas doadas serão transformadas em comedouros para aves, luminárias jardins suspensos e outras artes por grupos de crianças em pequenas oficinas na sede da ONG.
O Projeto “Quem Ama Deixa Voar”, foi criado pelo Instituto Alouatta, na Treviso, em 2015. “Desde então vem ganhando asas e se replicando em várias cidades e estados. Nada mais do que incrementar a natureza e conceder a real liberdade às aves. O GOR, atuante na região, é parceiro nesse lido projeto, fazendo a doação regular de gaiolas aprendidas e também no cuidado dos animais doados durante o projeto”, encerrou Patrícia.