A Prefeitura de Balneário Piçarras trabalha na atualização das planilhas orçamentárias do projeto de engordamento da faixa de areia da praia central. Após duas tentativas desertas para contratação de especializada empresa de dragagem, os valores das milhas náuticas navegadas até a orla piçarrense devem ser aumentados – tornando a obra financeiramente viável. Novo valor deve atingir a casa dos R$ 26 milhões.
O prefeito Tiago Baltt (MDB) esteve em Florianópolis, dia 5, momento em que conversou com gestores da Prefeitura e obteve recomendações para obter êxito em um novo certame – na capital, a praia de Jurerê vem passando por obras de alargamento de sua extensão. “Teremos que atualizar o custo de locomoção da draga, senão, nossa nova licitação voltará a dar deserta”, disse.
“Recursos nós temos, porém precisaremos adequar o edital”
TIAGO BALTT (MDB)
FOTO, FELIPE FRANCO / JC
“Recursos nós temos, porém precisaremos adequar o edital”, completou o prefeito. O novo edital será lançado nas próximas semanas. A primeira tentativa de licitar a obra foi em 7 de novembro e a segunda em 9 de janeiro. O documento foi lançado nas duas ocasiões com o mesmo valor: R$ 16.558.365,42 – valores provenientes do Fundo de Manutenção da Praia (Fumpra).
Com o valor do projeto, o Governo Municipal planeja depositar um total de 383.490,00 metros cúbicos de área num trecho de aproximadamente dois quilômetros, entre os Molhe Norte (descida da Avenida Getúlio Vargas) e Molhe Turístico Joaquim Pires (barra do Rio Piçarras). A injeção de areia resultará numa faixa de areia com metragem entre 40 à 60 metros de largura.
O edital tem por objetivo a contratação de uma empresa que deverá executar o serviço, entre outros maquinários terrestres, com uma draga hopper. O trabalho de alargamento será realizado como em 1998 e 2012 (em 2008, recebeu areia de forma emergencial em menor porte). A empresa vencedora terá cinco meses para concluir o projeto de alargamento.
RECOMPOSIÇÃO SE FAZ NECESSÁRIA
Segundo estudo ambiental da Acquaplan Tecnologia e Consultoria Ambiental, que embasa a nova obra, a obra de 2012 tinha volume do engordamento estimado em 785.989,51 metros cúbicos, mas em decorrência de problemas contratuais, a praia foi alimentada com cerca de 57% do volume previsto, em um volume aproximado de 455 mil metros cúbicos.
“Portanto, a justificativa para realização desse projeto se fundamenta na necessidade em se realizar obras de manutenção visando conter os processos erosivos e dar continuidade ao engordamento anterior, complementando os volumes previstos anteriormente em 2012 que não foram concluídos na totalidade”, pontua a empresa.