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Piçarras
sábado 5 de julho de 2025

Moradores questionam shows na Praia Central de Balneário Piçarras

Eles solicitam à Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Piçarras a retirada do palco e criaram um abaixo-assinado pela causa

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Moradores dos prédios Solar do Flamboyant, Edifício Juliana e casas próximas ao palco de shows da Praia Central de Balneário Piçarras – na Avenida José Temístocles de Macedo – questionam os horários das apresentações organizadas pela Prefeitura. Eles pontuam que as apresentações ultrapassam os limites sonoros para o período noturno e geram uma onda de outros problemas na linha da segurança pública e mobilidade.

O coletivo baseia a reclamação na Lei Municipal 183/2021, que “dispõe sobre ruídos urbanos e fixa níveis e horários em que será permitida sua emissão”. A situação ganhou ênfase no último final de semana (5, 6 e 7), quando a Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Piçarras promoveu apresentações musicais no palco montando ao lado do Molhe Central (descida da Rua 700). Na virada (30, 31, 1 e 2) também houve apresentações.

Eles solicitam à Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Piçarras que “os palcos e toda as estruturas sejam imediatamente removidas e não retornem em hipótese alguma, não só em 2024, mas nos anos seguintes. Gostaríamos de recuperar a salubridade de nossa praia e a segurança de seus frequentadores”. Os moradores planejam uma ação judicial contra o município e criam um abaixo-assinado pedindo a retirada da estrutura.

“O barulho que ultrapassa 105 decibéis e avança madrugada adentro, indo pelo menos até meia noite e muitas vezes até 2h da madrugada. Crianças com autismo são diretamente expostas a este barulho infernal e sofrem terrivelmente suas consequências. Além de bebês e idosos. Trabalhadores são impedidos de terem seu merecido descanso”, pontua Duda Moeller, uma das moradoras.

Os moradores frisam que, por conta do horário prolongado, há registros de embriaguez e consumo de ilícitos ao longo da madrugada. “Expulsando as famílias da areia e das calçadas”, afirmam. Eles também criaram um perfil específico no Instagram para relatar os fatos e reforçam que “os eventos nos palcos deixam um rastro de sujeira pela areia, transformando nossa praia em um verdadeiro lixão. São cacos de vidro, latinhas e até camisinhas usadas”.

MOBILIDADE
Outra situação relatada pelos moradores é de “caminhões imensos, usados para alimentar toda a estrutura dos palcos e bar, são estacionados na ciclovia, impedindo os ciclistas de circularem, os colocando em meio aos carros, inclusive crianças, aumentando ainda mais os riscos já descritos anteriormente. Outros veículos acabam por estacionar na ciclovia, seguindo o exemplo dado pela Prefeitura, transformando nossa orla em lugar sem Lei”

No início do mês, a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), esteve no local e multou uma série de veículos estacionados sobre a ciclovia – indo ao encontro da situação relatada pelos moradores.

Para o Carnaval, município analisa ajustes de horário

O secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, João Sensi, pontuou que os próximos shows no palco central serão somente durante o carnaval e que, para minimizar os impactos do som, “vai tentar ajustar o horário. Não passar da uma da manhã. Vamos ajustar a programação para não começar muito cedo, começar mais no meio da tarde”. O local, no entanto, tem a confirmação de dois shows por meio do Arena Sesc: Ana Paula da Silva (no dia 21, às 17h) e Diogo Nogueira (dia 24, às 19h).

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