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segunda-feira 23 de junho de 2025


Previsão para o inverno 2025 em Santa Catarina indica frio intenso, geadas e nevoeiros

Foto, Ricardo Wolffenbüttel
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O inverno no hemisfério sul começou na sexta-feira, 20, às 23h42, e vai até o dia 22 de setembro. A estação é marcada pelos dias mais curtos, noites mais longas e pelas menores temperaturas do ano. Isso ocorre devido à inclinação do eixo da Terra, que faz com que os raios solares cheguem com menor intensidade ao hemisfério sul nesse período.

Em Santa Catarina, o inverno é tradicionalmente caracterizado pela ocorrência de episódios de frio intenso, principalmente nas regiões de maior altitude, como os planaltos, a Serra, o Meio-Oeste e o Alto Vale do Itajaí. Nessas áreas, são comuns as formações de geada, nevoeiros densos e, eventualmente, até fenômenos de precipitação invernal como neve, chuva congelada, graupel e sincelo — esse último ocorre quando há congelamento das gotículas de nevoeiro sobre superfícies, formando uma camada de gelo que cobre árvores, postes, telhados e fios de energia, criando paisagens típicas de inverno rigoroso.

Além do frio, o inverno catarinense também se destaca por apresentar, historicamente, os menores volumes de precipitação do ano. Isso ocorre por conta da menor disponibilidade de umidade na atmosfera, favorecida pelos sistemas de alta pressão (anticiclones) que inibem a formação de nuvens. No entanto, é importante destacar que isso não significa ausência total de chuva. Santa Catarina, diferentemente de outras regiões do Brasil, como o Centro-Oeste e parte do Sudeste, não possui uma estação seca bem definida.

Durante todo o inverno, diferentes sistemas meteorológicos continuam atuando, podendo gerar eventos de chuva, sobretudo no Litoral e nas áreas próximas. As frentes frias e os ciclones extratropicais seguem sendo responsáveis por trazer instabilidade, ventos fortes, ressacas e elevação do nível do mar. Já os anticiclones, ao longo do período, são os grandes responsáveis pela entrada de massas de ar polar que provocam a queda acentuada das temperaturas, além de favorecer dias ensolarados e de céu limpo em grande parte do estado.

Nos meses de inverno, também são comuns os episódios de bloqueios atmosféricos — quando sistemas de alta pressão permanecem estacionados, dificultando a chegada de frentes frias. Nesses períodos, o tempo pode ficar seco e com grandes amplitudes térmicas: manhãs muito frias, com possibilidade de geada, e tardes com temperaturas mais elevadas, especialmente no Oeste e no litoral.

Outro fator que merece atenção são os impactos dos ventos. A presença de ciclones extratropicais pode provocar ventania, ressaca e mar agitado, oferecendo riscos à navegação e às atividades pesqueiras, além de gerar transtornos, como destelhamentos e quedas de árvores, especialmente nas áreas costeiras.

REDAÇÃO, JORNAL DO COMÉRCIO
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