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segunda-feira 14 de outubro de 2024


Baltt completa 30 anos: conheça a história da empresa piçarrense que é referência no estado

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Na pacata Piçarras da década de 90, ele estava ali. Estacionado e com o motor travado. Aos olhos do dono, Rogério Baltt, o caminhão Dodge 1975, uma joia – que, se lapidada da forma como imaginava – lhe renderia uma história empresarial de muito sucesso. E assim ela o foi. Hoje, exatos trinta anos depois, a Baltt Terraplanagem tem seu nome como referência no setor, ampliando seus horizontes para o tamanho dos sonhos da mente pulsante do empreendedor piçarrense.

“Eu sempre fui muito persistente no que eu quis, no meu objetivo, eu sempre tracei uma rota e defendi a rota. Eu gostava tanto de caminhão, que esse caminhão não andava, que eu não tinha dinheiro para fazer o motor, porém eu lavava ele todo sábado, ficava cuidando, tudo que eu tinha na minha vida: o caminhão. Isso foi em 1992 e o caminhão era ano 75. E aí, alguém que era um fornecedor do meu pai, da mercearia, me avalizou esse motor, na época a inflação era muito alta, chegava da 80% ao mês, e eu conheci alguém que fez esse motor para mim”, recorda-se Rogério, citando ainda que o motor travou na viagem de Joinville à Piçarras, logo após a compra.

Com o caminhão consertado, mas ainda sem demanda de serviço, Rogério percorria as ruas do município com a caçamba já carregada por barro. Vendia para quem o parasse. Foi assim que a história da Baltt começou a ser construída. “Ninguém nos procurava para fazer serviço de caminhões, então eu carregava o caminhão e eu não tinha para quem entregar o material. Eu ficava andando na rua, quando alguém pedia uma carga, essa carga já estava em cima do caminhão”, detalha o empresário.

Ganhando experiência e formando sua carteira de clientes, a necessidade pelo CNPJ veio. Nascia a Baltt Terraplanagens. “Eu fui conhecendo um pouco do segmento e fui montando uma carteira. Em 1994 eu vi a necessidade de abrir a empresa. Contratei um funcionário, aí eu já tinha conseguido comprar uma retroescavadeira, uma ‘retro’ ano 79, e aí eu podia atender a demanda do município. Fui trabalhando no município e fui crescendo conforme a necessidade”, destaca ele.

Dali em diante, sempre fiel à sua rota, o crescimento da Baltt foi exponencial. Era inevitável. “Fui investindo no segmento, muita vontade de trabalhar. Eu ficava triste quando escurecia o dia, porque o trabalho, esse trabalho nosso, é difícil de trabalhar à noite, tem que trabalhar só com a luz do dia. Foi crescendo, o negócio foi andando, eu fui investindo, fui trabalhando, sempre investindo no negócio, não tinha sábado, não tinha feriado – o que eu sempre guardei foi de Nossa Senhora Aparecida”, comenta Rogério, hoje com 56 anos, mas lembrando do jovem aprendiz, que iniciou no processo aos 25.

Foi em 1997 que os negócios tomaram rumos mais promissores. Abriu uma filial em Itajaí para expandir seu leque de contatos. Os passos seguintes foram certeiros. Não poderia ser diferente. Estava tudo traçado na mente do empresário que vive a Baltt. “O negócio foi tomando um vulto, eu sempre gostei de estar à frente do negócio, da nossa atividade. Eu conheço todos os processos, sei toda a história, de onde a gente veio, aonde a gente chegou e sempre defendendo a Baltt. Quando alguém me pergunta qual é o teu time? Eu não tenho time nenhum! Eu não torço para time nenhum. O meu time é a Baltt e meus jogadores são os nossos colaboradores”, crava ele.

Analisando o mercado, a Baltt cresceu com seu próprio britador, na produção de pavimento intertravado, o popular paver, e com uma moderna usina de asfalto. “Conforme a necessidade do cliente, eu fui me moldando. Eu comecei fazendo terraplanagem, que era movimentação de argila…aí quando chovia, não tinha o que fazer, e o meu cliente precisava de pedra, eu vou me estruturar para ter pedra e atender o meu cliente”, frisou Rogério, detalhando o avanço da empresa e novas sociedades para cada sonho, formando um grande grupo empresarial.

A qualidade de cada serviço se tornou referência. Foi justamente essa qualidade que fortaleceu o patamar alcançado em cada nova investida. “O marketing da Baltt sempre foram os trabalhos, então o nosso maior garoto propaganda da Baltt é o nosso cliente. A gente sempre prezou por isso. Hoje, não administro mais sozinho. Eu tenho um grupo que administra comigo, e eles conhecem o que a gente mais preza, que é a qualidade do nosso trabalho, pontualidade, isso é o que a gente sempre prezou: qualidade e pontualidade no trabalho”, adjetiva o empresário.

“O marketing da Baltt sempre foram os trabalhos, então o nosso maior garoto propaganda da Baltt é o nosso cliente. A gente sempre prezou por isso”

ROGÉRIO BALTT
Os funcionários mais antigos, José Norberto Macedo (26 anos) Ana Paula Watzko (27 anos) e Osvaldo Fagundes (28 anos)

Rogério também diversificou seus negócios. Nesse momento, trabalha na implantação de uma nova área de britagem em Penha – que será operada de forma totalmente autônoma. Além disso, se orgulha em especial da SBJ Construtora e Incorporadora, que nasceu há 20 anos em Navegantes. “Já possuímos construções na Praia Brava, em Itajaí, e agora também queremos escrever nossa história na construção civil em Penha e Balneário Piçarras” antecipa Rogério, falando sobre prédios que construirá nas duas cidades.

Passadas as três décadas, Rogério olha para trás e vê o sonho do velho Dodge 75 concretizado. A frota cresceu. Hoje são aproximadamente 300 funcionários diretos. “Eu vejo que tudo aconteceu como eu planejava. Fomos crescendo com a nossa região, sempre com muito comprometimento, planejamento e sempre respeitando todos. Acredito que essa realmente seja a receita do sucesso. A receita do tamanho dos meus sonhos”, finaliza.

ESPECIAL, JC Empresas
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