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Piçarras
quarta-feira 18 de setembro de 2024


Demissão de assessores ainda gera discussão

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As demissões dos três assessores parlamentares da Câmara de Vereadores de Balneário Piçarras – concretizadas nos primeiros dias deste ano – renderam nova polêmica no Poder Legislativo. Durante a primeira sessão ordinária, terça-feira, 8, Flávio Tironi (DEM), negou-se a cumprimentar o presidente, Oscar Francisco Pedroso (PMDB), e cobrou explicações pessoais para a atitude que retirou os assessores das bancadas do DEM, PSDB e próprio PMDB.
“Quero justificar o meu não cumprimento ao presidente desta casa. Recentemente fui traído, assim como os outros partidos – mas eles que reclamem a parte deles -, e espero que a presidência tome as devidas providências e ao menos marque uma reunião para explicar os motivos das exonerações”, disse Tironi, assim que assumiu o microfone para o uso da ‘palavra livre’. Mais ameno, Maurino da Cunha (PSDB), também cobrou uma resposta para o caso.
“Se nenhuma explicação for dada, já digo de antemão, que quando usar a tribuna não irei cumprimentar o presidente, assim como também não estenderei a mão a ele em qualquer lugar da rua”, garantiu em seu pronunciamento. Segundo Tironi, as nomeações foram garantidas em troca da aprovação do projeto que alterou o Regimento Interno da Câmara e possibilitou a reeleição do presidente.
O presidente, Pedroso, também usou a tribuna e, diferente de Tironi, o cumprimentou. “Ao contrário, quero dizer e fazer um cumprimento especial ao vereador Tironi, que é o nosso representante do Governador do Estado”, retrucou também em tribuna, sendo o último legislador a fazer uso da palavra na sessão. Pedroso, no entanto, não explicou ao vereador sobre o motivo das demissões.
À imprensa, Pedroso já havia dito que as demissões foram motivadas com o intuito de economizar fundos para a futura construção da sede própria da Câmara de Vereadores. “Não foi uma ação política, mas sim administrativa. Inclusive exonerei o assessor do meu partido, o PMDB. Quero construir a sede e preciso economizar”, explicou. “Vou enxugar a máquina”, acrescentou.

Reforma administrativa
Pedroso disse ainda que novas demissões devem acontecer no quadro funcional da Câmara. Outros assessores devem ser exonerados. “Vou fazer uma reforma administrativa na Câmara. Novas demissões vão ocorrer”, garantiu. Com as três demissões iniciais, em um ano, no mínino, o Poder Legislativo irá economizar mais de R$ 70 mil.
Com o pensamento arquitetônico em mente, Pedroso afirmou que irá procurar os engenheiros da Amfri para a elaboração do projeto. A sede será construída no terreno que possui 7,7 mil metros quadrado e está situado nos fundos do Posto de Saúde Central. Ele está custando R$ 300 mil aos cofres da Câmara e Pedroso espera quitar toda a quantia até março. “Mais ou menos 70% do terreno já está pago. Espero fazer o pagamento completo até março”, finalizou.
 

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