A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e a Associação Pequenos Doutores iniciam no curso de Fisioterapia,a terapia assistida por animais (TAA). Pacientes da neuropediatria e da ortopedia (quepassaram por amputação), participarão de atividades terapêuticas propostas por profissionais qualificados que terão cães como auxiliares em tratamentos psicológicos e de fisioterapia. A iniciativa ainda está no começo e conta com dois cães, Tuca e Cacau. O projeto pretende trazer novos voluntários e seus cães para ampliação do trabalho. No dia 20, foi feita uma palestra para apresentar o projeto aos interessados que quiserem atuar como voluntários na Pequenos Doutores.
De acordo com Maria Paula Mellito da Silveira, bióloga e diretora da associação, o trabalho baseia-se em pesquisas científicas que comprovam que o contato direto com os animais melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes, havendo cura mais rápida, melhora nos índices de problemas psicológicos e diminuição de estresse e do tempo de hospitalização. “O simples movimento de escovar o cachorro e aplicar pressão na mão para firmar a escova, já faz parte da fisioterapia. As pessoas fazem o exercício sem perceberem, e de maneira mais lúdica”, exemplifica Maria Paula.
A Associação Pequenos Doutores conta com apoio de um adestrador e de um veterinário. Antes do contato com os pacientes os “cães voluntários” passam por um rigoroso controle de saúde e avaliação de comportamento. “Um cão que interage melhor com crianças do que com idosos só será levado a interagir com criança, e vice-versa”, aponta à diretora. Alguns testes
são conduzidos pelos adestradores para avaliar temperamento e conduta do cachorro. A cada três meses os animais também tem que passar por avaliação veterinária. “Não queremos levar riscos, só benefícios”, ressalta.