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quarta-feira 23 de abril de 2025


Câmara rejeita pedido de cassação do prefeito e vice de Itajaí

A Comissão Processante produziu parecer final indicando a improcedência das denúncias contra o prefeito Volnei Morastoni e vice-prefeito Marcelo Sodré

Foto, Davi Spuldaro/CVI
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Após quase dez horas de sessão de julgamento – realizada nesta quinta-feira, 17, até a madrugada de sexta-feira, 18 – a Câmara de Vereadores de Itajaí rejeitou o pedido de cassação do prefeito e vice-prefeito, Volnei Morastoni (MDB), e o vice-prefeito, Marcelo Sodré (PDT). Ps vereadores votaram em quatro infrações político-administrativas supostamente cometidas por cada um dos denunciados. Todas as infrações foram rejeitadas, e com isso o processo foi arquivado.

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 A sessão foi dividida em três momentos. Inicialmente, foram lidos os documentos solicitados pelos vereadores e pela defesa, como denúncia e o parecer final da Comissão Processante. Na sequência, cada vereador pôde discursar por até 15 minutos. Em seguida, as defesas do prefeito e vice-prefeito tiveram duas horas cada para fazer suas explanações.

O último momento foi a votação das infrações político-administrativas sujeitas à cassação de mandato previstas no artigo 4º do Decreto-Lei nº 201/1967: I) impedir o funcionamento regular da Câmara; VII) praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática; VIII) omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município sujeito à administração da Prefeitura; X) e proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

População presente se manifestou em prol da cassação – Foto, Davi Spuldaro/CVI

Os vereadores votaram, de forma nominal, primeiro nas infrações atribuídas ao vice-prefeito Marcelo Sodré, e depois ao prefeito Volnei Morastoni. Para a cassação do mandato, seriam necessários pelo menos 12 votos favoráveis em qualquer uma das infrações denunciadas.

Após oitivas sobre os investigados e analisados dos fatos, a Comissão Processante aprovou por maioria dos votos o parecer final indicando a improcedência das denúncias contra oprefeito Volnei Morastoni e vice-prefeito Marcelo Sodré. De acordo com o documento, não houve ilegalidade no pagamento dos subsídios integrais ao prefeito Volnei Morastoni, bem como não houve dolo ao encaminhamento do Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal (LOM) ao Poder Legislativo


RESULTADO DAS VOTAÇÕES NAS INFRAÇÕES ATRIBUÍDAS AO VICE-PREFEITO MARCELO SODRÉ:

– Impedir o funcionamento regular da Câmara: seis votos favoráveis à denúncia e 11 contrários;

– Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática: nove votos favoráveis à denúncia e oito contrários;

– Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município sujeito à administração da Prefeitura: oito votos favoráveis à denúncia e nove contrários;

– Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo: seis votos favoráveis à denúncia e 11 contrários.

RESULTADO DAS VOTAÇÕES NAS INFRAÇÕES ATRIBUÍDAS AO PREFEITO VOLNEI MORASTONI:

– Impedir o funcionamento regular da Câmara: seis votos favoráveis à denúncia e 11 contrários;

– Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua prática: 10 votos favoráveis à denúncia e sete contrários;

– Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município sujeito à administração da Prefeitura: nove votos favoráveis à denúncia e oito contrários;

– Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo: 10 votos favoráveis à denúncia e sete contrários.


SOBRE O PROCESSO DE CASSAÇÃO

A denúncia contra o prefeito Volnei Morastoni e o vice-prefeito Marcelo Sodré foi apresentada e aceita pela Câmara em maio deste ano. De acordo com o denunciante, o advogado Vilmar Hoepers, quando o prefeito Volnei Morastoni estava em licença-saúde, em outubro e novembro de 2022 (total de 60 dias de afastamento), continuou recebendo salário integral do Município, mesmo com o vice-prefeito no exercício da função. De acordo com a denúncia, como o afastamento foi superior a 15 dias, o prefeito deveria ter se afastado sem remuneração e solicitado o auxílio-doença do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Para apurar a denúncia, a Câmara de Vereadores de Itajaí instituiu uma Comissão Processante, formada pelos vereadores Beto Cunha (PSDB), Christiane Stuart, Douglas Cristino (PDT) – relator, Fábio Negão (PL), Laudelino Lamim (MDB) – presidente.

Após a realização de diversas sessões com oitivas de testemunhas e aprovação de requerimentos com pedidos de informações, a Comissão Processante aprovou por maioria dos votos o parecer final indicando a improcedência das denúncias ao prefeito Volnei Morastoni e vice-prefeito Marcelo Sodré. De acordo com o documento, não houve ilegalidade no pagamento dos subsídios integrais ao prefeito Volnei Morastoni, bem como não houve dolo ao encaminhamento do Projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal (LOM) ao Poder Legislativo.

Tanto em relação ao prefeito Volnei Morastoni, quanto ao vice-prefeito Marcelo Sodré, o relator Douglas Cristino afirmou no parecer final que não houve sustentação fática/jurídica/administrativa das denúncias. Votaram favorável ao parecer final os vereadores Douglas Cristino (PDT), Fábio Negão (PL) e Laudelino Lamim (MDB). Já os vereadores Beto Cunha (PSDB) e Christiane Stuart (PSC) foram contrários.

REDAÇÃO, JORNAL DO COMÉRCIO
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