atura a prefeito de Penha. Com uma proposta de mudança no cenário político-administrativo, ele defende maior eficiência dos serviços públicos e uma atualização completa das legislações que versam sobre as questões de urbanismo e tributação, como forma de promover um crescimento ordenado em todos os bairros. “O serviço básico tem que ser prestado com excelência”, afirmou.
“A união de todos os setores vai fazer um crescimento de uma maneira organizada na cidade. A gente vai ter um grande desafio, caso ocorra um governo futuro, de reformas administrativas. A gente tem um Plano Diretor já bem defasado, antigo, com algumas emendas, a gente tem um Código Tributário de 2009 […], a gente precisa fazer essa reforma tributária, a gente tem um código de obras e postura que precisa ser revisto”, afirmou o pré-candidato do PRD.
Ele observa essas atualizações como necessárias para os investimentos em obras de infraestrutura ocorram em todos os bairros. “Então, a gente quer realmente tratar de todos os setores de uma maneira igual, claro que tem setores que estão um pouco mais defasados de infraestrutura, há bairros com pouca infraestrutura que já estão há mais tempo precisando. Então, a gente precisa trazer essa infraestrutura para os bairros mais carentes e, claro, manter uma ordem na cidade, um planejamento, uma organização tanto financeira do caixa público quanto das ruas, enfim, das obras”, acrescentou.
Na vertente administrativa, ele observa a qualificação profissional, em especial nos cargos de confiança, como forma de oferecer ao contribuinte um “serviço público de qualidade, a eficiência do serviço público. A gente defende que o Estado tem que ser menor, você não precisa enxugar a máquina pública num ponto que você não entregue o serviço com qualidade. A máquina tem que ser proporcional, tem que ser uma coisa equilibrada. E hoje a gente percebe que acaba aqui enchendo, fazendo cabide de emprego”.
“O serviço básico tem que ser prestado com excelência. E qual é o serviço básico? A atenção básica na saúde, é uma educação de qualidade para nossos filhos, para nossas crianças, é uma rua com infraestrutura adequada. Então a gente defende que o serviço público tem que ser eficiente. A gente tem que inovar o serviço público”, complementou Tiago, que tem 28 anos e é formado em Gestão Pública e cursando bacharelado em Ciência e Tecnologia.
Desde 2001, Penha tem oscilado entre gestões de prefeitos filiados ao MDB e PSDB. Para o pré-candidato, que vê a situação em grau de “rixa política”, é necessário mudar: “se não me falha a memória, são 24 anos de dois governos, governos à frente da prefeitura, que não há um segmento inclusive de trabalho. Há uma rixa política, uma coisa que, além de desnecessária, acaba atrapalhando o crescimento da nossa cidade. Eu acho que isso tem que ser colocado de lado. A gente precisa olhar para um futuro e realmente, como colocou lá atrás a pergunta, qual era a nossa filosofia, é dessa mudança […] “A gente vive em uma cidade em crescimento constante com a explosão da construção civil, nós temos o maior parque da América Latina, então a gente precisa colocar um ponto final nesses 24 anos de dois grupos políticos mandando na cidade. Então, o perfil da mudança é o que a gente está propondo”.
Ele reforça esse pensamento afirmando que “hoje a gente tem o sentimento de mudança, realmente. A gente não quer trazer um passado, talvez recente, ou talvez uma sucessão. Então esse não é o nosso intuito. O nosso intuito é fazer as coisas diferentes. Do que já foi, do que já passou, do que já está. Cada um acho que contribui com aquilo que consegue no seu ano, no seu governo. E não é o nosso intuito atacar ninguém, até porque a gente precisa fazer a cidade andar na frente”.
Caso sua pré-candidatura a prefeito se concretize, será sua a primeira participação no processo eletivo. Filho do vereador, Mário Marquett (PL), ele destaca que seu nome ganhou evidência com a desistência do pai à pré-candidatura. “Realmente, o meu pai é atualmente vereador, um pouco mais figura política, e a gente começou a se envolveu de uma maneira mais interna na parte de articulação política. A gente tinha a pretensão de, quem sabe, disputar esse pleito, mas não a prefeito, e sim a vereador, na época, esse era o intuito. E a gente foi ganhando um engajamento, a gente foi fazendo um grupo bem legal, bem dinâmico, sempre priorizando ouvir das pessoas”, comentou Tiago.
Recém filiado ao PRD, após divergência partidária no União Brasil – onde atual por anos – Tiago explicou que a mudança ocorreu porque “a gente queria conduzir o processo junto com o grupo, e algumas decisões de Estado afetaram o nosso trabalho diretamente, e o nosso grupo, inclusive. Tanto é que o grupo hoje que nós temos era o mesmo grupo que estava no União Brasil e acabou causando um pouco de insatisfação a troca de comando da presidência na época, e aí a gente acabou por deixar o União Brasil naquele momento”.
Em relação as tratativas sobre futuras coligações, Tiago encerrou dizendo “tem um caminho bem definido, a gente é um partido de Direita, então a gente conversa com esse tipo de partido que tem essa filosofia parecida. Hoje, a gente tem conversas bem avançadas, a gente tem trabalhado junto com o PL e avançamos aí em conversas com o PP. Então claro, as coligações serão discutidas nas convenções que se iniciarão aí no próximo mês, mas a gente tem conversas com esses partidos. Tem os Republicanos que acabam tendo que conversar agora para frente”.
