A Associação de Controle de Pragas de Santa Catarina (ACPRAG) apresentou na terça-feira, 14, um plano piloto para o combate ao caramujo africano, hospedeiro de um vírus que pode atacar o homem e animais, provocando doenças no sistema nervoso como a meningite e problemas intestinais graves. A Vigilância Sanitária do município contratou a entidade para realizar um levantamento epidemiológico e geográfico das regiões infestadas com o molusco, que é considerado ameaça em todo o Estado por conta da sua rápida reprodução. Somente um caramujo consegue colocar 300 ovos que podem permanecer na terra por mais de cinco anos esperando eclodir.
A apresentação do projeto aconteceu no salão de festas do quartel da Polícia Militar, no bairro Icaraí, bairro onde são registradas as maiores incidências do caramujo. O palestrante Ricardo Richter explicou aos moradores do município a importância de tomar os devidos cuidados com o manuseio do animal, utilizando sempre luvas e ainda usar sacos plásticos fortes para juntar os cascos. “A carne do animal pode ter o vírus e a gosma também. A chance de contaminação é baixa, porém existe o risco. Sempre devem ser bem lavadas as mãos e os materiais utilizados para manusear o animal”, advertiu Richter.
O diretor da Vigilância Epidemiológica Giuvani Magalhães informou que serão apresentadas todas as etapas do combate ao caramujo para os moradores, entanto foram repassadas recomendações e venenos para combater o animal. Já o primordial do projeto é a participação cidadã através da denúncia dos casos ou dos locais onde há um número grande destes moluscos. “Vamos fazer um mapeamento dos casos. A pessoa que tiver caramujos no seu local será advertida a realizar uma limpeza no terreno com um prazo de 30 dias.
Depois de expirada a data, se nãotiver sido feita a limpeza será lavrada uma multa com 30 dias para pagar que poderá passar para a dívida ativa do contribuinte casa não seja efetivado o pagamento. Apesar da importância das informações repassadas e as reivindicações de ajuda dos moradores, a palestra contou com pouco público da comunidade e os vizinhos do bairro não superaram os 10 integrantes.