Os meses de junho e julho registram uma diminuição na média de focos larvários positivos de Aedes aegypti – responsável por transmitir a Dengue, Chikungunya e o Zika Virus – localizados em Balneário Piçarras. Apesar da momentânea redução, a equipe de combate ao mosquito segue em alerta total em função do número de pessoas que residem na cidade e contraíram a doença: 31 até o momento.
Os cinco primeiros meses registram média de 144 focos por mês (722 focos), número que baixou para uma média de 28 em junho e julho, totalizando 778 focos positivos até o último dia 21 de julho. “O frio interfere diretamente nessa redução, mas, mesmo assim, seguimos encontrando focos. Estamos em alerta por conta dos doentes, uma vez que se há o mosquito transmissor a doença pode se proliferar”, frisa o responsável pelo Programa de Combate à Dengue, André Ladewig.
Os bairros com a maior incidência de focos, por escala de casos, são o Centro, Nossa Senhora da Paz, Itacolomi, Nossa Senhora da Conceição e Santo Antônio. Já os pacientes com dengue têm maior registro nos bairros Itacolomi e Centro. Dos 31 casos, 23 contraíram a doença no território piçarrense e outros 8 em cidades da região. Todos os pacientes que tiveram a doença se recuperaram.
“Quando há pacientes que contraíram a doença na cidade, significa que o mosquito infectado já está circulando pela região do caso”, reforça André. Tais situações obrigam os agentes endêmicos a promoverem uma varredura específica no raio de 300 metros de cada caso, promovendo ciclos de intensos de vistoria e controle. Somente este ano, foram 18 aplicações de um específico inseticida, popularmente chamado de fumacê.
Neste momento, os agentes endêmicos também vêm atuando na remarcação dos postes de energia, os enumerando para um controle mais efetivo em caso de positivações para o mosquito. O trabalho é um preparativo para a temporada de calor que se aproxima, quando o número de focos deve voltar a crescer – requerendo inclusive atenção da população, evitando água parada em recipientes domésticos ao ar livre.
“Sem dúvidas, hoje somos o município da região mais bem organizado e preparado para o combate ao mosquito”, encerrou André. Até o dia 21, os agentes endêmicos já localizaram 772 focos larvários do mosquito. O número já é 63% maior em comparação com o ano passado, quando 475 focos larvários foram encontrados pelos profissionais do Programa de Combate à Dengue.
RISCO DE TRANSMISSÃO
Em abril, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) oficializou resultado do Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado no mês de março. Balneário Piçarras foi classificada como de Médio Risco, numa escala que tem ainda Baixo Risco e Alto Risco. A realização do levantamento é obrigatória em municípios considerados infestados pelo Aedes.
Em 12 de dezembro de 2019, Balneário Piçarras foi classificada pela DIVE/SC como município infestado pelo mosquito Aedes Aegypti. Essa classificação se deu em virtude de os agentes endêmicos também terem localizado, com frequência, focos do mosquito em residências situadas em um raio de 300 metros de armadilhas com larvas do Aedes. Desde então, Balneário Piçarras não conseguiu mais controlar a situação, mesmo decretando ações de enfrentando e promovendo mutirões de limpeza.
COMO EVITAR O SURGIMENTO
– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
– Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.
– Para mais informações, procure a Secretaria de Saúde do seu munícipio.
Fonte: www.dengue.sc.gov.br