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domingo 5 de maio de 2024


Balneário Piçarras recebe a confirmação do primeiro óbito por dengue

Mordida por um mosquito Aedes. Esta espécie pode transmitir doenças como chikungunya, dengue e zika. Crédito: NIAID
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A Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina confirmou nesta quarta-feira, 20, o primeiro óbito por dengue em Balneário Piçarras. A vítima se trata de um homem de 48 anos, morador do Centro, e que faleceu no último dia 7. Somente este ano, 743 pessoas já contraíram a doença na cidade, que se encontra em situação de emergência em saúde pública diante da infestação pelo mosquito Aedes Aegypti.

O resultado do exame realizado no homem confirmou que a causa da morte. Ele faleceu no Hospital Marieta Konder Bornhause, em Itajaí, para onde foi levado após procurar atendimento emergencial no Pronto Atendimento 24h de Balneário Piçarras no final da tarde do dia anterior. Ele não resistiu que acabou falecendo na madrugada.

“A vítima não possuía comorbidades ou doenças e o seu caso era autóctone – contraído dentro do município de Balneário Piçarras”, informou nota oficial da Prefeitura. Segundo o coordenador do Programa de Combate à Dengue de Balneário Piçarras, André Ladewig, o bairro centro é justamente o que concentra o maior número de casos da doença.

As equipes do Programa têm atuado com vigor na tentativa controlar os focos do mosquito. Mutirões de limpeza, vistorias estratégicas aplicação de inseticidas específicos e bloqueios de transmissão (que consistem na aplicação de veneno em um raio de 150 metros do local onde o foco positivo foi registrado) são as principais ações.

Em 16 de fevereiro, o prefeito da cidade, Tiago Baltt (MDB), declarou situação de emergência na cidade.  O decreto permite, em essencialmente, três ações. A primeira delas é a realização de limpeza de terrenos baldios sem muros ou cercas, pelo próprio Município, quando caracterizada situação de abandono sem prejuízo das penalidades cabíveis e cobrança pela execução do serviço conforme legislação específica.

A segunda é “o ingresso forçado pelos agentes públicos, regularmente designado e identificado, em imóveis públicos ou particulares, residenciais, comerciais ou industriais, independente da atividade, quando se mostre essencial para a contenção das doenças”.

Permite também o “o recolhimento de móveis, veículos, sucatas ou qualquer material depositado em vias ou logradouros públicos, no caso de situação de abandono ou de ausência de pessoa que possa efetuar a retirada, quando se mostre essencial para a contenção das doenças”.

A DENGUE
A infecção pelo vírus dengue varia desde formas mais leves até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Os sintomas mais comuns da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda de pressão e sangramento de mucosas já são sinais de alarme da doença, indicando a necessidade de procura imediata do serviço de saúde.

A hidratação intensa é uma das principais medidas de tratamento, sendo importante que as pessoas com sintomas se hidratem desde o momento de espera pelo atendimento.

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