O Corpo de Bombeiros Voluntários de Barra Velha e São João do Itaperiú, através de ofício enviado no final do mês passado, à Prefeitura e à Câmara de Vereadores de Barra Velha, está pedindo toda a atenção necessária à questão da construção dos salva-vidas necessários para garantir a tranqüilidade dos banhistas durante a alta temporada.
Segundo o presidente do CBV, Gleydson Argeu Martins, a construção de pelo menos quatro novos postos é imprescindível, já que daqui a 45 dias, Barra Velha já vai estar praticamente iniciando a temporada. Gleydson destaca que, caso não estejam prontos, a resistência dos socorristas voluntários ou pagos em trabalhar no verão é grande. “Se não houve um local adequado, o CBV pode não colocar homens em serviço”, adianta.
Martins explica ainda que a Câmara, quando recebeu o ofício do CBV, chegou a aprovar uma indicação pedindo os novos postos. “O problema é que indicação apenas reforça o pedido, não faz acontecer”, destaca o presidente, que lembra ainda que, no ano passado, o índice de afogamentos fatais foi cinco vezes maior do que na temporada 2001/2002. “No início do ano passado, tivemos um afogamento fatal. No verão deste ano, foram cinco mortes. É preocupante”, alerta ele. Gleydson destaca que casos como o do jovem do Circo Escola, do bairro São Cristóvão, que morreu praticamente por falta de socorro.
Os mais perigosos
De acordo com Gleydson, os pontos mais críticos de toda a cidade são a praia do Cerro e de Itajuba, na região do Posto Mercosul, onde não há nenhum tipo de ação dos salva-vidas. “São os locais mais perigosos, e onde vem se registrando um aumento de banhistas nos últimos anos”, frisa ele. Há ainda a necessidade de um posto na Península, onde o mar também é violento, e duas jovens quase morreram no ano passado. Só não houve tragédia porque elas foram salvas por policiais militares.
Outro ponto que Gleydson destaca é que não podem ser construídos menos de três postos, dada a distância entre uma praia e outra. “Os salva-vidas têm um espaço a percorrer entre um ponto e outro, e caso o afogamento ocorra depois desse trecho, é humanamente impossível que o socorrista chegue a tempo “, considera. “Um salva-vidas posicionado no início do Tabuleiro, próximo ao Costão, nunca chegará a tempo nas proximidades do posto Mercosul”, finaliza Argeu Martins, que aguarda o posicionamento da Prefeitura.