Iniciaram as atividades do Centro de Estudos Antárticos (Ceantar) no Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Balneário Piçarras, junto ao Museu Oceanográfico da Univali. O laboratório de pesquisas servirá de apoio a Base Antártica Universal criada por meio de parceria entre e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O espaço está aberto a visitações possibilitando contato com equipamentos e peças históricas relacionadas ao continente gelado. Ele possui o segundo maior arquivo histórico sobre o tema no país tutelando milhares de documentos históricos e artigos do extinto Instituto Brasileiro de Estudos Antárticos (Ibea), anterior ao Programa Antártico Brasileiro, além de acervos pessoais do professor Péricles Azambuja, pioneiro na campanha que levou o Brasil à Antártica, e do curador do Museu Oceanográfico da Univali, Jules Soto, que arquiva e coleciona objetos e documentos sobre o tema desde 1982.
No local também funcionará uma das mais completas bibliotecas temáticas brasileiras sobre a Antártica, com livros, periódicos e clipagens e diversas obras raras e esgotadas. As instalações vão atender as demandas da Base Antártica Universal, principal desafio do Ceantar, projeto iniciado em 1998 e que está em fase de conclusão. Envolve a instalação de um centro de pesquisa junto à estrutura chilena da Base Frei. A base atende as demandas da Organização das Nações Unidades de ter uma representação na Antártida e terá a Universidade do Vale do Itajaí como mentora e gestora.
Mário Cesar dos Santos, reitor da Univali, explica que a base na antártica possibilitará uma nova frente de envolvimento do Brasil com o continente gelado, assim como de fomento da internacionalização do conhecimento antártico: “A Univali desenvolve projetos de pesquisa na Antártica desde a década de 1990. A instalação do Centro de Estudos Antárticos está entre os passos finais para a instalação da Base Antártica Universal e tem uma relevância impar no cenário internacional por abrir portas para que, além de nosso corpo acadêmico, estudantes de países que não fazem parte do Tratado da Antártida possam realizar pesquisas em campo”, diz.
Foto por: Felipe Bieging