Uma forte ondulação superior a três metros de altura, originada em alto mar, atingiu o litoral catarinense no ápice na quinta-feira, 13, danificando construções e isolando moradores em Barra Velha.
Segundo o secretário de Obras da Prefeitura, Lourival Matias Francisco, o Lourinho, foi perdido todo o trabalho feito na semana passada, quando foram colocadas 55 cargas de areia no local mais estreito da península (nas proximidades da pousada Kanaxuê).
A areia foi retirada da região da foz do Rio Itapocu, com autorização emergencial da Fundação do Meio Ambiente do Estado (Fatma), e da Procuradoria da República em Joinville, justamente visando alargar a rua Armando Petrelli. Com a ressaca iniciada quarta-feira, e que se avolumou na quinta-feira, 13 de maio, toda a areia escoou do local devido à força da maré. As ondas atingem até a região central da cidade, no início da península (proximidades do antigo Hotel Bela Vista).
Segundo o prefeito Samir Mattar (PMDB), a licença ambiental da Fatma segue somente até 27 de maio. Manter aberta a rua Armando Petrelli é urgente, não só em virtude do acesso de moradores da região da lagoa, e também de turistas à região da Ponte Pênsil, que liga a Armando Petrelli ao continente, mas principalmente para dar continuidade à obra da fixação da boca da barra (foz do rio Itapocu), considerada vital para escoar a água da lagoa, evitando novos transbordamentos e alagamentos na região. É através da rua Armando Petrelli que os caminhões da empresa responsável pelo trabaho de construção dos molhes que irão fixar a foz transitam, e com as ressacas, o trabalho fica impossibilitado de ter uma sequencia.
Já alguns visitantes da terceira idade que estavam hospedados em pousadas e hoteis da beira-mar, na praia da Península, ficaram amedrontados com o tamanho das ondas e tentaram mudar de local de hospedagem.
Foto por: Gaspar Toscan
