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terça-feira 25 de março de 2025


Otimismo para a temporada da incógnita

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Às vésperas da estação mais quente e lucrativa para Balneário Piçarras, a situação da Praia Central se mostra desfavorável para um município que tem em sua orla o principal atrativo turístico. No entanto, o comércio local e associações ligadas ao turismo prevêem uma temporada de bons frutos e com um fluxo de visitantes elevado.
Após diversas ressacas, a Praia Central teve as dimensões de sua faixa de areia reduzida consideravelmente e voltou a ser manchete negativa na mídia estadual. Para o comerciante da Avenida Temístocles de Macedo (Beira Mar), Hemilio Cardozo Neto, a erosão não deve afetar o movimento e os negócios durante o verão. “Particularmente, acho que não teremos problema. Em vista de outras praias, como Barra Velha, ainda temos uma boa faixa de areia”, afirma.
“O turista que quer vir para praia vem de qualquer jeito”, completa Hemilio. A Associação das Empresas de Turismo de Balneário Piçarras (Assetur) confirma o pensamento do comerciante. De acordo com um balanço feito pela entidade, os hotéis da cidade estão recebendo um bom número de pedidos de reservas. “Conversei com os hoteleiros da cidade e eles revelaram que estão recebendo muitos pedidos de reserva. A expectativa para o verão é bastante positiva”, afirma a presidente, Susan Corrêa.
Entretanto, ela é consciente em ponderar que a situação da praia pode ser negativa futuramente. “Se algo não for feito, aqueles que nos visitam agora talvez não voltem mais”. Susan ainda pauta a mídia negativa como um possível empecilho para a não vinda de outros turistas para esta temporada. “Está saindo muita mídia negativa a respeito da praia e isso sim, pode afetar a vinda dos visitantes”, frisa.
Na visão da Câmara de Dirigentes Lojistas de Balneário Piçarras (CDL), a movimento deve ser menor, mas ainda bom. “Esperamos que a temporada seja boa, pois o comércio está se preparando para isso”, diz o presidente, Roberto Danker. “Para não ficar pior, seria bom que não houvesse mais ressacas até o verão”, completa, referindo-se ao tamanho da faixa de areia.
A mesma expectativa tem o presidente da Câmara de Vereadores e proprietário de um comércio à Beira Mar, Oscar Francisco Pedroso. Ele não acredita em uma temporada fraca e espera que novas ressacas não o façam mudar de opinião. “Se não houver novas ressacas, não vai estragar o verão. Alem do mais, a nossa praia possui a capacidade de repor a areia”, comenta.
A Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes (Setuce) não se posicionou sobre a expectativa para a temporada de verão baseada na situação da praia. Segundo a secretária, Flávia Coradini, ainda é cedo para opinar. “Não temos como prever se vai prejudicar a temporada. Ainda restam alguns meses para o verão e não podemos prever a natureza”, argumenta.

Governo busca recursos
para nova recuperação
Em nota oficial, o Governo Municipal utilizou um discurso de união para buscar recursos e recuperar a praia. Segundo o prefeito, Umberto Luiz Teixeira, em junho de 2009, o Governo protocolou no Ministério da Integração Nacional um pedido de recursos de R$7,2 milhões para a recuperação da orla. Agora, em 2010, foram mais duas propostas do mesmo valor, em dois programas diferentes do Fundo Nacional da Defesa Civil. Um deles, em janeiro e outro, em março. “Neste momento, em que precisamos mais uma vez unir forças para recuperar a praia, cabe-nos esclarecer as medidas tomadas pelo Governo Municipal para que um novo aterro hidráulico, nos moldes do executado entre 1998 e 1999, seja feito”, afirmou o prefeito, em nota. “Para agilizar esse processo, reafirmamos pessoalmente em Brasília a necessidade urgente do recurso, tendo em vista as últimas ressacas que comprometeram parte da orla central”, complementa.
 

Foto por: Felipe Bieging

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