A ponte da Avenida Getúlio começa a ser demolida nesta segunda-feira, 7. A partir desta data o trânsito de veículos e motocicletas será proibido e desviado no sentido do bairro Nossa Senhora da Paz. O jeito mais fácil de chegar ao Centro de Balneário Piçarras – para quem entra pelo acesso principal ou mora no bairro Santo Antônio – é pela Rua Alexandre Guilherme Figueredo.
Depois de construir uma passarela pênsil, que fica ao lado da obra e servirá para a passagem de pedestres, a empresa Arcos Engenharia efetiva a construção da nova ponte. “A previsão era para começar a demolir a ponte na última segunda (1º de junho), mas em função do feriado e a pedido do prefeito Umberto, transferimos a data”, explica um dos engenheiros responsáveis pela obra, Marcelo Quintanilha.
A obra da nova ponte tem por principal finalidade aumentar a vazão da água em épocas de cheia. A previsão da empresa responsável pela construção é que a ponte fique pronta dentro de 90 dias. Ela será erguida em concreto armado e metal e, em comparação com a atual, terá o vão maior e mais alto para que o rio não seja represado em caso de cheias. Em forma de arco, a parte mais alta ficará a 1,4 metros em relação a pista da Avenida Getúlio Vargas.
Para o engenheiro Walter Costa, da empresa Arcos Engenharia, o projeto da nova ponte é pensado nas novas e futuras condições do trânsito na Avenida Getúlio Vargas. “É uma estrutura mais moderna e reforçada. O vão maior e mais alto vai comportar um tráfego mais pesado que o atual”, explica. Segundo ele, essas medidas também permitirão a passagem de embarcações maiores sob a estrutura mesmo em épocas de maré cheia.
A obra está sendo custeada com recursos do Governo Federal e do próprio município que somam R$ 1.151.565,60 dos quais R$ 1.093.987,32 são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Drenagem e outros R$ 57.578,28 dos cofres municipais.
Linha de ônibusnos bairros é cancelada
Com a construção da ponte na Avenida Getúlio Vargas, a empresa, Auto Viação Rainha, anunciou que vai paralisar o serviço de transporte pelos bairros do município – linhas recém criadas. Para o diretor da empresa, Marcio Cardoso Bittencourt, a mudança de trajeto vai inviabilizar a continuidade do serviço.
“Estamos investindo para criar uma cultura de transporte coletivo. Ainda não temos passageiros suficientes para bancar com essa operação”, afirma. O transporte pelos bairros da cidade foi criado no mês de março – a pedido do Poder Legislativo – e implementado com quatro horários diários. De acordo com a empresa, a intenção é retornar com o serviço assim que as obras forem concluídas.
Já p terminal rodoviário da cidade informou que deve continuar funcionando no mesmo local, na Avenida Getúlio Vargas, logo após a ponte. De acordo com a agência que administra a rodoviária, as principais empresas que operam linhas na cidade estudam novos itinerários para desviarem da obra. Segundo a gerente Elaine Welter Lamin, as linhas intermunicipais, conhecidas como pinga-pinga, devem sofrer poucas alterações. “As linhas da Santo Anjo já são feitas via Barra Velha, pela Avenida Nereu Ramos. A Catarinense também vai desviar seu ônibus pelo mesmo caminho”, revela.
De acordo com a agência local, alguns ônibus interestaduais, principalmente os que tem com destino ou origem o ABC e a capital paulista precisarão ser suspensos. “Os ônibus normais continuam passando, mas os leitos e executivos serão suspensos por enquanto. Esses carros não foram projetados para andar nas ruas das cidades, que têm muitas lombadas”, explica Elaine. Para mais informações sobre as alterações nos itinerários de, o telefone da agência é o 3345 0848.
Dragagem dos rios segue a todo vapor
Vencedora do lote mais oneroso da obra, a empresa Baltt Terraplanagem está realizando o trabalho de dragagem dos Rios Piçarras e Furado. A obra vem sendo idealizada com duas dragas, a Itacolomi I e Itacolomi II, que realizam as sucções em lados opostos do Rio. De acordo com o engenheiro da Baltt, Jean Pierre Lana, 1.5 quilômetro do Rio Piçarras já foi dragado.
“O trecho inicial do Rio, perto das imediações da Casan, já foi completamente dragado”, revela o engenheiro. Devido à largura do Rio e o assoreamento avançado, a retirada de areia do fundo do rio, naquele trecho, foi realizada com uma maquina escavadeira. “Estava muito assoreado lá e somente com uma escavadeira para realizar a obra”, completa Lana.
O engenheiro ainda não possui números reais de quantos metros cúbicos de areia já foram retirados do fundo dos Rios. No entanto, afirma que 1.5 quilômetros já tiveram seus leitos dragados. “Já prevíamos realizar a obra com duas dragas e isso não vai interferir no tempo de realização da dragagem que já atingiu 1.5 quilômetros de limpeza”, confirma. A Baltt tem 10 meses para concluir toda a dragagem que está custando R$ 9.829.993,39.
Foto por: Felipe Bieging|JC