A Prefeitura de Balneário Piçarras apresentou um balanço após noventa dias do começo das obras de drenagem sustentável dos Rios Piçarras e Furado. Das três etapas do projeto apenas dois já estão em ação: a dragagem do Rio e a construção da nova ponte da Avenida Getúlio Vargas. A construção de gabiões ao longo do rio deve começar com a melhora das condições climáticas.
A obra de dragagem, a mais complexa do projeto, já teve uma etapa concluída no trecho do Rio Piçarras que fica na altura da estação de tratamento da Casan. A empresa responsável, Baltt Terraplagem, retirou areia e sedimentos do fundo do leito com escavadeiras hidráulicas e caminhões. O laudo da batimetria, utilizado para determinar a quantidade exata de material retirado deve sair dentro dos próximos dias.
No entanto, o prefeito Umberto Teixeira afirma que 20 mil metros cúbicos de areia já foram retirados do fundo do leito do Rio Piçarras. “Lamentavelmente, as chuvas e, principalmente, o embargo de quase um mês provocaram atrasos no andamento da obra”, explica. Nos pontos em que há navegabilidade, duas dragas de sucção trabalham em dois pontos no bairro Santo Antônio.
Outros dois depósitos provisórios de areia, conhecidos como bota-fora, já estão sendo preparados no Centro e no bairro Nossa Senhora da Paz. No local irão operar os equipamentos que farão a dragagem do braço do rio conhecido como “Furadinho”, nas proximidades da volta do poço.
Construção da ponte está no prazo
Segundo a Prefeitura, a construção da nova ponte sobre o Rio Piçarras, na Avenida Getúlio Vargas, segue dentro do cronograma de trabalho. Na última semana, a empresa deu início as ações de estaqueamento das cabeceiras na lateral norte da ponte. Uma linha de distribuição energia que alimenta as cidades de Piçarras e Penha precisa ser redimensionada para que os equipamentos possam operar no local. “Estamos no aguardo da Celesc para que essa rede, que passa sobre a estrutura, seja desviada”, afirma o prefeito.
A parte metálica, que é o “esqueleto” da ponte, já está sendo construída no galpão da empresa responsável e, depois de concluído o estaqueamento e a construção das novas cabeceiras, será montada e concretada no local. O projeto da nova ponte prevê que a estrutura em metal e concreto terá o vão maior e mais alto para que o rio não seja represado em caso de cheias. Em forma de arco, a parte mais alta ficará a 1,4m em relação a pista da Avenida Getúlio Vargas.
Muros de contenção ainda não começaram
De acordo com a empresa que venceu a licitação dessa obra, as estruturas ainda não começaram a ser construídas devido as condições do clima, que atrapalharam o andamento da obra. “Com a maré alta não podemos iniciar a colocação dos gabiões na altura determinada”, explica o engenheiro responsável, Ondino Pereira Nunes Filho.
A previsão é de que, com a baixa da maré nos próximos dias, os funcionários da empresa recomecem a terraplanagem no primeiro ponto da obra, que fica na altura da Colônia de Pescadores , no bairro Nossa Senhora da Paz.
O terceiro projeto de drenagem prevê a construção de estruturas de contenção de margens em diversos pontos do rio Piçarras. A malha de gabiões em concreto, rochas e grades de proteção será instalada nos pontos em que não é possível recompor a vegetação natural, responsável por conter a erosão e o assoreamento do leito do rio.