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quarta-feira 23 de abril de 2025


Trabalhadores de Obras ameaçam paralisação

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Pelos menos 30 trabalhadores efetivos da Secretaria de Obras anunciaram na quinta-feira, 31, ao Jornal do Comércio que vão realizar uma paralisação de atividades na próxima segunda-feira, dia 05 de abril, em reclamação ao não pagamento de mais de 80 horas extras efetuadas entre os meses de janeiro e fevereiro.
Os funcionários denunciaram ao JC que eles trabalharam horas extras nas madrugadas de verão na limpeza de praias, além dos consertos em acessos públicos transitados e outros tipos de atividades, inclusive durante o final de semana. Apesar dos serviços, eles denunciaram que a prefeitura somente pagou 44 horas de serviços extra das 120 efetuadas e que foi explicado que por um decreto municipal da administração não é possível pagar a carga horária excedente.
Está previsto que durante esse dia não aconteçam consertos de tubulações, nem limpeza de praias ou o transporte de materiais em caminhões e que as únicas atividades se limitarão à limpeza das ruas da cidade e os consertos de calçadas.
“Começávamos a limpar às três da madrugada, durante os finais de semana abrimos mão de ficar com a família para poder finalizar consertos de ruas com rapidez e não bloquear o trânsito. Todos estávamos esperando por esse dinheiro e agora a prefeitura não quer pagar”, informou um dos trabalhadores. Na garagem da Secretaria de Obras, os trabalhadores da pasta pediram para serem mantidos no anonimato e se proteger pela execução da medida de força.
Hoje na Secretaria trabalham aproximadamente 40 funcionários que fazem horas extras para atender à demanda de obras. A maioria dos efetivos também está descontente com a remuneração salarial, já que muitos com mais de 20 anos de serviço receberiam R$ 1.000 mensais, quando os funcionários contratados pela administração atual recebem valores maiores sem experiência nenhuma. Entre as denúncias, foi destacado que existiriam trabalhadores contratados como motoristas que nem teriam carteira de habilitação.
“Estão nos deixando em banho-maria. Desde fevereiro que estamos aguardando as horas extras que não pagaram. Nosso limite terminou. Aguardamos até a saída da folha de pagamento de abril e vimos que não tinha os valores das horas-extras trabalhadas”, assegurou outros dos funcionários.
Até o próprio Secretário de Obras, Dalete Vieira, tentou mediar a situação, sem sucesso, para garantir o pagamento aos trabalhadores.
 

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