Técnicos da Defesa Civil do Estado visitaram na tarde de terça-feira, 21, o assoreado Rio Iriri, em Penha. O intuito da vistoria foi conferir a realidade dos pescadores, que seguem contabilizando prejuízos a cada saída para o alto mar. A Defesa Civil do Município e Prefeitura solicitam R$ 350 mil para obras de solução imediata, após ressacas que agravaram a situação.
Segundo o coordenador da Defesa Civil de Penha, Johnny Eurico Coelho, a vistoria foi motivada pelo decreto de emergência, publicado no dia 6 de junho. Nele, a Prefeitura encaixa o município em situação de emergência devido a inundações causadas pela brusca invasão do mar. “O município sofreu com as fortes ressacas, motivando o prefeito a produzir o decreto”, revela Johnny.
“Essa vistoria serve para que a Defesa Civil comprove a legalidade do decreto e, quem sabe, nos auxilie com recursos para obras imediatas”, explica o coordenador. O município espera conseguir R$ 350 mil para dragar o Rio, junto a Defesa Civil. “Caso o recurso seja liberado, a Prefeitura deverá ampliar o molhe em trinta metros, prevenindo ainda mais o risco de novos assoreamentos”, completa.
Agora, município e pescadores aguardam uma posição oficial da Defesa Civil do Estado, que deve se pronunciar dentro de alguns dias. “Após as ressacas, a situação ficou ainda pior”, lamenta o pescador, Sandro Pavenello. Contudo, segundo Johnny, somente a realização de um projeto estipulado em R$ 600 mil daria mais garantia aos pescadores. O pedido já está protocolizado junto ao Governo Federal, que segue analisando a possibilidade de liberação.
Em outubro do ano passado, a Defesa Civil do Município afirmou ter gasto R$ 102.500,00 em obras emergenciais de dragagem. Segundo os pescadores, a ação melhorou a navegabilidade por alguns meses. “No começou ajudou, mas sem os molhes o rio sempre voltará a assorear”, prevê Sandro. As ressacas dos meses de maio e junho fizeram com que a profundidade do rio se limitasse a uma lamina de água de 20 centímetros, em maré baixa. Na alta, a água pára na cintura dos pescadores e dificulta o sustento das 40 famílias de pescadores que dependem do Rio Iriri. Somente este ano, 30 embarcações foram danificadas, algumas sem conserto.
Foto por: Felipe Bieging