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segunda-feira 24 de março de 2025


Paróquia quer apoio para abrir Casa da Acolhida

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Não é difícil encontrá-los. Alguns dormem nos poucos pontos de ônibus, outros sob pequenos telhados e há aqueles que procuram ajuda divina. O grande número de moradores de rua vistos em Balneário Piçarras motivaram a Paróquia Santo Antônio de Pádua a dar o primeiro passo para construção de uma ‘Casa da Acolhida’. A busca por parceiras e comprometimento da sociedade é uma das primeiras ações.
“São seres humanos, antes de qualquer coisa. Não me interessa o passado de cada um. Eles vêm até a igreja e pedem apenas um pedaço de pão, um banho e um local para dormir. Não posso negar isso”, revela o padre da Paróquia, Fabian Marcelo Capistrano. Além das pessoas que dormem sob as estrelas em diversos pontos da cidade, o padre afirma que cerca de cinco pessoas procuram sua paróquia diariamente em busca de um teto para repousar.
O elevado índice fez com que a Paróquia iniciasse um trabalho junto às autoridades municipais para revelar o problema e pedir apoio na busca por soluções. Segundo o padre, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público da Comarca já foram informados da realidade sobre os sem tetos. “Sempre que posso, falo com nossa juíza e promotora para tentar uma parceria e construir a Casa da Acolhida, um local para oferecer apenas uma noite de sono digna”, cita.
A Paróquia também enviou um ofício ao vereador da base, Maurício Köche (PP), solicitando que o parlamentar encaminhe um requerimento à Prefeitura. No documento, a Paróquia pede a doação de um terreno, em forma de comodato, para iniciar a construção da casa. O requerimento já foi protocolizado na Câmara e deve ser lido na sessão do dia 2 de agosto, após o recesso. “Devemos oferecer ajuda à todos e somente com o apoio da sociedade conseguiremos oferecer auxílio adequado a estas pessoas”, avalia Köche.
Antes mesmo da sinalização positiva de qualquer doação, Padre Fabian sonha longe. Ele espera a formalização de um convênio com a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) para que o campus local seja utilizado pelo curso de enfermagem. “Os estudantes poderiam fazer o estágio na ‘Casa da Acolhida’. Muitas destas pessoas chegam machucadas e seria bom contar com profissionais para cuidar delas”, finaliza.
 

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