A família Loyola vai acionar a Justiça de Barra Velha após a demolição do palco cultural da Praça Lauro Carneiro de Loyola, realizada pela Prefeitura Municipal no dia 9 deste mês. De acordo com o advogado da família e também doador dos recursos financeiros para obra que leva o nome de seu pai, Lauro Carneiro de Loyola Júnior, ao destruir a estrutura o Poder Público descumpriu as exigências de lei municipal de 2005.
Na visão do advogado, a destruição do palco cultural coloca por terra as regras da Lei Municipal, cabendo aos órgãos judiciais se manifestarem: aplicando sanções ou mesmo sacramentando a reconstrução do palco.
A praça foi inaugurada em 14 de janeiro de 2005, data do aniversário de Lauro Carneiro de Loyola. A doação da revitalização foi oficializada dois meses depois, por meio de projeto de lei, aprovado pela Câmara de Vereadores. Além da doação, o documento pontuava uma série de regras à Prefeitura, entre elas “zelar por sua conservação, administração e preservação”, assim como realizar ações de manutenção, reparos e limpeza.
“Fui responsável pelo projeto e execução da praça, há 12 anos. E, anteontem, em Bauru (SP) fiquei sabendo disso (demolição) através de posts indignados. Estou atônito! É lamentável! Uma atitude acéfala! Imaginem se em São Paulo resolvem destruir a Sé, onde realmente há muitos mendigos”, disse na rede social o arquiteto e urbanista, Allan Sievert, responsável pelo projeto da obra.
No palco, havia um painel pintado pela artista plástica, Enoi Martin Dilly, e que havia sido restaurado recentemente com a ajuda de crianças da Quinta dos Açorianos. Ela também se queixou da atitude da Prefeitura.
Extraoficialmente a demolição teria sido motivada pela permanência constante de moradores de rua no local, que vinha sendo usado como moradia. Já a Fundação de Turismo e Esporte de Barra Velha afirmou que a atitude foi tomada para construção de uma quadra de basquete – a pedido de praticantes do esporte.
Foto por: Aquarela FM