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quinta-feira 3 de julho de 2025

Penha decreta luto oficial de três dias em homenagem a Padre Inácio

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Prefeitura e Câmara de Penha emitiram notas oficiais nesta segunda e terça-feira (22 e 23) lamentando o falecimento de Padre Inácio Bonvechio (79 anos) – ocorrido no último dia 19, data de aniversário do município. O prefeito, Aquiles da Costa (MDB), decretou luto oficial de três dias.

Até amanhã, 24, a bandeira de Penha deve ser hasteada a meio-pau em todos os órgãos públicos, incluindo as unidades de ensino. “Devemos render nossas justas homenagens àqueles que tem com o seu trabalho, seu exemplo e sua dedicação, contribuindo para a coletividade”, explicou o Prefeito no seu decreto.

Já a Câmara de Vereadores manifestou seu profundo pesar aos amigos, familiares e à toda comunidade da capela Cristo Rei, na Cohab. “Quero agradecer, em nome de todos os vereadores, a oportunidade de termos conhecido o Padre Inácio, uma pessoa com conhecimento bíblico extraordinário. Quero também manifestar a nossa eterna gratidão e que Deus conforte os familiares e moradores de nossa cidade. Padre Inácio deixou um legado mas também vai deixar uma grande lacuna na nossa Igreja Católica e em nossa cidade”, ressalta presidente do Legislativo, Everaldo Dal Posso (MDB).

Além do seu trabalho como sacerdote, onde se destacou no campo social, o padre Inácio também foi servidor público municipal, do período de 1º de janeiro de 1993 até meados de 1996. Nos últimos anos, o padre dedicava-se à comunidade Cristo Rei. Em dezembro de 2015, Padre Inácio recebeu da Câmara de Vereadores o título de cidadão honorário de Penha.

Biografia

Sendo um dos dez filhos de Virgílio Bonvechio e Amélia Lunelli, Padre Inácio nasceu no interior de Santa Catarina, na cidade de José Boiteux. Aos 12 anos de idade ingressou no Seminário de Salete. Continuou seus estudos até 1963, passando pelas cidades de Brusque (SC) e Curitiba (PR). A partir daquele ano, ele concluiria o estudo em Teologia na Alemanha, onde permaneceu durante cinco anos.

Ordenou-se padre em 1968 e retornou ao Brasil um ano depois, atuando nas cidades de Joinville e Blumenau até 1973, quando se afastou de suas atribuições de padre, em função do movimento político contra a Ditatura Militar. Durante a segunda metade do período de chumbo, atuou como professor em escola particular e foi metalúrgico na fábrica da Volkswagen, em São Paulo.

No ano de 1982, veio morar no bairro de Santa Lídia, no município de Penha, adquirindo uma propriedade fruto de seu trabalho como agricultor. Em 1985, voltou a exercer o sacerdócio em Itajaí e dois anos depois iniciou um trabalho de evangelização na comunidade penhense.

Em 1993, com muito esforço e reunindo suas próprias economias, adquiriu os dois primeiros lotes na localidade da Cohab, onde incentivou a comunidade a também se unir e adquirir os outros lotes onde hoje é a Igreja Cristo Rei, edificada ao final de 2013.

Foto por: Victor Miranda | CVP

REDAÇÃO, JORNAL DO COMÉRCIO
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