Sem a realização de um novo Censo Demográfico, que tem seus dados defasados há onze anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 27, no Diário Oficial da União, a nova estimativa populacional dos municípios brasileiros. Os dados apontam que, juntos, os onzes municípios da região da Foz do Rio Itajaí comportam uma população de quase 748 mil habitantes. A região tem quatro municípios entre os dez com a maior Taxa Crescimento Geométrico (TCG) em Santa Catarina.
Os dados atualizados apontam que entre 1º julho de 2020 e 1º de julho de 2021. Em termos populacionais, Itajaí possui a maior população, 226.617 mil pessoas. Balneário Camboriú (149.227), Camboriú (87.179), Navegantes (85.734), Penha (34.022), Balneário Piçarras (24.385), Porto Belo (22.466), Bombinhas (20.889), Ilhota (14.531) e Luiz Alves (13.347) formam a população regional.
Proporcionalmente, cidades como Itapema, Bombinhas, Balneário Piçarras e Navegantes têm destaque estadual de crescimento. A Taxa Crescimento Geométrico (TCG) de Itapema é a segunda melhor do Estado, 2,95% – atrás apenas de Araquari (3,46%). Bombinhas tem o sexto melhor crescimento (2,72%), Balneário Piçarras o oitavo (2,58%) e Navegantes o nono (2,52%). Apesar do crescimento, as cidades litorâneas acreditam numa população maior da apontada pelo IBGE.
Isso porque, o último Censo Demográfico foi realizado pelo IBGE em 2010. Diante da franca expansão imobiliária, os gestores municipais acreditam em número mais superiores. Em março, o Governo Federal alegou falta de recursos e adiou a realização do Censo 2021, trabalho que já havia sido adiado no ano anterior. Com a nova suspensão, há uma grande preocupação com o rumo das políticas públicas do país
De acordo com o IBGE, a população de cada município brasileiro foi estimada através de procedimento matemático. Tais estimativas são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos munícipios. O método de cálculo baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010). As estimativas municipais também incorporam alterações de limites territoriais municipais ocorridas após 2010.
As estimativas populacionais municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. Essa é outra questão discutida pelos gestores do litoral catarinense, uma vez que números populacionais maiores credenciam as cidades a fatias maiores do Fundo.
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