A Fundação do Meio Ambiente de Barra Velha (Fundema) e a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) firmaram convênio para atualização do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Caminho do Peabiru. O trabalho buscará atualizar o conhecimento sobre a biodiversidade da região, catorze anos após a criação burocrática do parque e poucas ações de real preservação.
“O Parque foi oficialmente criado em 2007 e o primeiro Plano de Manejo foi elaborado e finalizado em 2011, mas pouco foi implantado. Posteriormente, houve a redução da área do parque por falta de verbas para desapropriação, por isso se faz necessária a atualização do Plano de Manejo para aplicação na área existente”, detalha o presidente da Fundema, Giovanni Tomazelli.
O parque foi idealizado com 428 hectares, metragem reduzida para 121 hectares através da Lei Municipal 1.642, de 13 de dezembro de 2017. Com a atualização do Plano, a Fundema espera desenvolver ações de fomento ambiental e turístico – vertente em largo crescimento. “Temos algumas sugestões que vem do Plano de Manejo antigo e que vamos construir junto com a comissão de elaboração do Plano. A Fundema pretende desenvolver trabalhos de educação ambiental com a instalação de trilhas ecológicas e a construção de uma sede administrativa com alojamento e um viveiro de mudas de árvores nativas. Também está previsto a colocação de armadilhas fotográficas para registro da fauna da região e o suporte para pesquisa cientifica”, antecipa o presidente.
Giovanni categoriza que a intenção central é justamente tornar o Parque Natural Municipal Caminho do Peabiru uma região que permita o acesso à população a uma região praticamente intocada – reforçando o princípio da educação ambiental. “O Parque Natural Municipal Caminho do Peabiru tem como objetivo a preservação do ecossistema natural de forma que possibilite a realização de atividades de educação ambiental, turismo e recreação de contato com a natureza”.
A expectativa é que o Plano esteja pronto dentro de 10 meses, a contar da assinatura do contrato que ocorreu no último dia 3. “É possível encontrar espécies de árvores ameaçadas de extinção como o Olandi e o Palmito Juçara, bem como espécies de animais como corujas, tamanduá mirim, capivara, outros pequenos mamíferos, serpentes e outras aves. Acreditamos que o Plano de Manejo vai nos auxiliar com dados mais precisos das espécies que ocorrem na área”, acredita o presidente.
Sem ações de preservação e consolidação efetivas ao longo de mais de uma década, o presidente do Fundema teme o Parque possa ter sido prejudicado “Pois um parque só pode ser efetivo na sua preservação quando a comunidade conhece e ajuda a preservar, o que não foi possível durante esses anos”, finaliza. A gestão do parque é realizada pela Fundema, com auxílio do Conselho Gestor, composto por membros governamentais e da sociedade civil.