Dados da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) revelam que 64% dos motoristas abordados nas barreiras da Lei Seca – realizadas em Penha nas noites de 11, 12, 13, 19, 20 e 21 – se recursaram a realizar o teste de bafômetro, mesmo apresentando sinais de embriaguez. Eles foram autuados em quase R$ 3 mil e terão o direito de dirigir suspenso por um ano. Cerca de 400 motoristas foram fiscalizados durante os seis dias.
O nosso objetivo é salvar vidas, evitar que elas se percam
JOÃO GABRIEL DE MOURA IGLESIAS, CAPITÃO DA PMSC
“É importante ressaltar que a PMSC age na prevenção, preservação da ordem pública, da vida. A pessoa alcoolizada expõe a risco desnecessário a si próprio, a sua família, e pessoas que estão transitando pela rua, completamente inocentes, que podem se tornarem vítima de um condutor embriagado, mudando para sempre seus destinos e os de suas famílias”, informou o Comandante da Polícia Militar de Penha, o capitão João Gabriel de Moura Iglesias.
Nos seis dias da operação Lei Seca, 50 motoristas foram abordados para realização do teste do bafômetro. Apenas 18 aceitaram realizar a aferição de alcoolemia. “O nosso objetivo é salvar vidas, evitar que elas se percam. Recentemente, nós tivemos uma tragédia no trânsito aqui no município, provocada por um condutor embriagado e por isso precisamos enfatizar ações como essas”, acrescentou o comandante.
A Lei prevê que a recusa do condutor a se submeter ao teste do etilômetro resulta na multa de R$ 2.934,70, suspensão da CNH por 12 meses, recolhimento do documento e retenção do veículo (estando ou não dirigindo sob o efeito de álcool). Em caso de reincidência em menos de um ano, a pena dobra: R$ 5.869,40. As abordagens ocorreram em locais estratégicos como em saídas de praias, bares e boates.
O comandante da Polícia Militar de Penha reforça que a operação Lei Seca foi desencadeada diante de uma alarmante constatação: o crescente caso de motoristas alcoolizados ao volante. “A corporação vinha fazendo as operações durante os procedimentos de rotina, e que o número de situações de embriagues ao volante mostrava-se alto e por isso determinamos uma ação específica”, explica.
O trabalho estratégico da operação Lei Seca seguirá, segundo a PMSC, “mesmo depois da Operação Veraneio” – quando a cidade recebe reforço policial.