Barra Velha – Por conta das turbulências políticas que levaram ao afastamento de vereadores e até do prefeito Valter Zimmermann, Barra Velha perdeu cerca de R$ 1,2 milhão em convênios com os governos estadual e federal. A estimativa é do próprio prefeito, reintegrado ao cargo em julho. “Eu lamento profundamente o fato de perder parte dos convênios, que iriam beneficiar tantos barravelhenses”, observou. Entre os convênios cancelados estão os de construção de duas unidades múltiplo-uso, de uma creche em Itajuba, de uma obra de asfaltamento em Pedras Brancas, e de outra creche e um posto de saúde no Sertãozinho.
Zimmermann ressalta que, apesar dos contratempos políticos, seu governo já soma um número surpreendente de realizações. “Pegamos muita dívida, folha de pagamento atrasada, uma conta de R$ 1,3 milhão para ser paga, não tínhamos garagem nem postos de saúde”, lembra o prefeito. Para ele, é gratificante constatar que, apesar dos transtornos causados pelo afastamento, o Governo Municipal está com a folha de pagamento em dia, além do PSF estar implantado em todo o município. “Estamos trabalhando para abrir um pequeno hospital e também compramos, entre ônibus, máquinas e automóveis, o total de 25 veículos”, informa.
O prefeito destaca o aterro hidráulico como uma de suas mais importantes obras. “Deixou de haver aquela polêmica que não tínhamos praia e Barra Velha reconquistou seu charme como um dos mais belos balneários do Estado”, disse. Outra obra importante, assinala Zimmermann, foi o asfaltamento do acesso sul, na Rua Cirino Cabral, além da finalização da primeira etapa do Acesso Norte, na Avenida Celso Ramos. “Nosso próximo projeto é fazer a pavimentação asfáltica da Av. Thiago Aguiar, no Jardim Icaraí. E até o final, vamos fazer o asfaltamento do centro da cidade”, projeta. Sobre os projetos futuros, o prefeito cita a construção de uma avenida beira-mar e a finalização do anel viário, no Bairro São Cristóvão, com acesso a BR-101.
Sobre seu futuro político, a pouco mais de um anos antes das eleições municipais, Zimermann é reticente. “Se o partido achar que deva disputar, a gente vai disputar. Mas isso vai depender, além do partido, de amigos, de outros partidos que se coligarem. O que a gente quer é o bem dessa cidade”, observou. Ao falar sobre seus adversários políticos, foi irônico: “Aquilo que os meus adversários desejam pra mim, eu desejo pra eles em dobro”.