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quarta-feira 11 de setembro de 2024


Cidasc mantém proibição de retirada, comercialização e consumo de ostras e mariscos de Penha

Foto, Felipe Franco / JC
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A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) atualizou nesta quinta-feira, 8, o relatório das novas análises laboratoriais sobre a presença da toxina ácido ocadaico em ostras, vieiras, moluscos e mariscos ao longo da costa catarinense. O documento mantém a suspensão de retirada, comercialização e consumo de moluscos produzidos em Penha.

Para mexilhões, houve a liberação apenas no Sambaqui/Praia do Forte e Santo Antônio de Lisboa/Cacupé, ambas em Florianópolis. Já para ostras, há liberação foi para Bombinhas, Serraria/Barreiros/Tipitinga, em São José, Sambaqui/Praia do Forte e Santo Antônio de Lisboa/Cacupé, ambas em Florianópolis, e Praia do Cedro/Pontal, em Palhoça. Nos demais pontos, a suspensão segue mantida.

“A população também não deve consumir moluscos bivalves retirados de bancos naturais, incluindo os costões, parcéis e beira de praia”, alerta a nota atualizada da Cidasc.

A proibição foi imposta desde o dia 26 de julho e segue sendo mantida após três análises. “A medida é necessária para preservar a saúde dos consumidores, pois as novas análises indicam que ainda há níveis altos da toxina ácido ocadaico nestes animais”, confirmou a Cidasc em nota oficial. A toxina é absorvida pelos moluscos bivalves quando há grande proliferação da microalga Dinophysis na água do mar.

Nos animais aquáticos, a toxina não provoca problemas e é naturalmente expelida conforme as condições da água se modificam. Porém, o consumo de moluscos com alta concentração de ácido ocadaico por humanos provoca sintomas gastrointestinais como enjoo, vômitos e diarreia, que podem ser graves em pessoas com a saúde mais debilitada. 

O médico-veterinário, Pedro Sesterhenn, responsável pelo Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos e Abelhas na Cidasc, lembra que a proliferação de algas é um processo natural.  A ficotoxina ácido ocadaico é produzida por microalgas e, ao se alimentarem, os moluscos acumulam a toxina em suas glândulas digestivas.

A Cidasc mantém o monitoramento semanalmente e assim que a repetição das análises apontar modificação no quadro, a retirada dos moluscos bivalves poderá ser retomada. Estes animais filtram a água e neste processo, havendo redução na concentração de algas no mar, expelem naturalmente a toxina. 

O oceanógrafo com mestrado e doutorado em aquicultura, o professor da Univali reforçou sobre a importância do trabalho de monitoramento. “Isso comprova que os moluscos cultivados em Santa Catarina são monitorados, garantindo assim uma segurança para os consumidores”, enalteceu.

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