O projeto “Olhar de Perto”, da Associação Terapêutica Sítio Caminho Novo, surgiu em 2004 e atendeu diversas crianças em sua sede. Com palestras sobre os danos causados pelo uso de drogas e álcool, discussão do tema e atividades de conscientização, o programa era um meio de prevenção. Porém, desde 2008, nenhuma escola realizou as visitas. Em 2009 seria criada uma nova versão do projeto nas escolas de Penha, mas ainda não saiu do papel.
Localizado no bairro Morretes, em Piçarras, o sítio abriga dependentes do álcool e de drogas que buscam recuperação. De acordo com o presidente da associação, Gilberto Cardozo, uma das maiores dificuldades do Sítio hoje é conscientizar a comunidade que o centro de recuperação não é depósito de gente alcoolizada, mas local de amparo e tratamento dos que realmente querem se recuperar. Ele lembra que o Sítio Caminho Novo pode e deve servir também para auxiliar as comunidades na prevenção contra o alcoolismo.
Pensando na questão de prevenção, a entidade criou o programa Olhar de Perto, que atendeu as escolas de Balneário Piçarras, e o Sitio Caminho Novo: Escola sem Drogas, que trabalharia com crianças das escolas de Penha. Mesmo com o projeto finalizado, a Secretária de Educação do município não agendou nenhuma visita até o momento. “Seria uma oportunidade de retomar esse trabalho de conscientização, já que não existe nada nesse sentido na região”, lamenta Cardozo.
Em 2005, 2006 e 2007, mais 700 alunos de escolas municipais de Balneário Piçarras participaram do Projeto a cada ano e cerca de 100 deles inscreveram redações e cartazes para o Concurso “Meu Mundo e as drogas”, que fazia parte do programa.
O público alvo do projeto são os alunos de ensino fundamental (5ª a 8ª séries), entre os 10 e 14 anos, das escolas públicas. O custo que o município teria em realizar o programa seria de transporte e lanche para as crianças, já que o Sítio não pode custear esses gastos. O secretário de Educação de Penha, Mizael Cordeiro, foi procurado durante a semana, mas não retornou o contato.