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quarta-feira 11 de setembro de 2024


Argeu será julgado nesta terça-feira, 26

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Argeu Jesus Coelho volta ao banco dos réus nesta terça-feira, 26, às 9h. Ele será julgado por um júri popular, novamente, pelo crime de homicídio qualificado na morte de Leila Chaves Ramos, em 2005 – com quem teve um relacionamento. O Ministério Público acredita em uma condenação mais rígida, já o advogado do acusado lamenta a decisão de anulação da primeira sentença.
O segundo julgamento, que não é passível de recurso, vai acontecer no Tribunal do Júri do Fórum de Balneário Piçarras e pode ser assistido por qualquer pessoa. Desta vez, não será o promotor, Luis Felipe Czesnat, o responsável por defender Leila. O promotor da cidade de Navegantes, André Braga de Araújo, é quem vai ocupar o lugar na Promotoria. “A justiça é a que os jurados disserem. Mas acredito que haja provas concretas para declará-lo culpado”, explica Luis Felipe.
Para o advogado de Argeu, Roberto Joaquim de Borba, a decisão da Justiça de anular a sentença do primeiro julgamento fere a decisão dos jurados. “Para que servem os jurados se quando a decisão não agrada o Ministério Público é anulada?”, questiona o advogado. Borba afirmou que irá utilizar a mesma tese, a de legítima defesa putativa. “É difícil que a mesma sentença seja proferida”, completa. Se for condenado, agora, Argeu pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.
Em abril do ano passado, Argeu havia sido condenado um ano e três meses de detenção pelo homicídio e um ano e dez dias-multa por ocultação de cadáver de Leila, em 2005, no interior de Balneário Piçarras. A pena poderia ser cumprida em liberdade. Para sentenciar Argeu, os jurados entenderam que Argeu agiu em legítima defesa, mas se excedeu na atitude e por isso teve a aplicação de uma pena mais branda.
De acordo com o processo, Argeu teria assassinado Leila no dia 28 de julho de 2005, quando saiu de Balneário Piçarras e foi até Lages em busca da moça. De volta ao litoral, com a moça, Argeu a levou para o interior da cidade, aonde teria cravado uma faca no peito de Leila, que caiu agonizando. Ele então teria cavado um buraco para enterrar o corpo da moça, que ainda viva, recebeu pauladas e o golpe fatal foi com uma foice, atingindo o rosto. O corpo só foi encontrado em junho de 2007.
 

Foto por: Felipe Bieging

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