Um homem de 51 anos confessou à Secretaria de Segurança Pública ter realizado diversas pichações em Balneário Piçarras, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 10. Trabalhador da área de reciclados, foi localizado no final da tarde, em sua casa, no bairro Itacolomi: “Fui eu. Ninguém atende a gente. Fiquei revoltado e quis chamar a atenção”, disse o homem. Ele iniciou o processo limpeza dos locais pichados.
Em suas pichações, o ele direcionava reclames ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao Sistema Único de Saúde (SUS) e que a praia não era um local para pobres. “Ele está arrependido. Alega ser vítima de preconceito pelos frequentadores da praia, sendo insultado quando faz a coleta de reciclados”, disse o secretário, Paulo Debatin.
O responsável pela pasta de segurança afirmou que não deve ingressar com queixa crime junto à Polícia Civil. “Estamos avaliando se será necessário, já que ele pretende reparar todos os danos causados”, encerrou. Ele foi localizado através de imagens de câmeras de monitoramento de residências próximas aos locais pichados: muros de residências, posto guarda-vidas e containers da praia.
Ao contrário do grafite, no Brasil, a pichação é considerada como crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 03 meses a 01 ano, e multa, para quem pichar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano.