A banda catarinense Manas do Reggae e Brasilidades – formada por Karine Ana Radavelli, Vanessa Matte Malmann, Cíntia Mendes Farias e Jazz Borges, professoras nos municípios de Penha, Navegantes e Balneário Piçarras – está mobilizando profundamente a Arte e a Cultura na EducAÇÃO com o projeto “Voz das Manas: Diferentes Histórias Iguais” financiado pela Lei Vilma Mafra 2024 junto à Fundação Cultural de Navegantes (SC).
No dia 15 acontecerá o lançamento do clipe de “Água Não Limpa” em todas as plataformas digitais. Um curta-metragem musical em referência ao Maio Laranja que traz Voz para o diálogo de comportamentos sociais silenciados como o abuso infantil e a violência contra mulher. Uma parceria das Manas com os produtores musicais e Djs Anayá de Florianópolis e Odé Ibegiz de Salvador (BA) e com a equipe do estúdio Café Maestro Produções de Itajaí, que resultou em um trabalho muito rico.
Somente a Arte consegue trazer abertura para trabalhar temas densos em comunidade, com acolhimento e escuta que respeita a Fala. “Minha Voz Eu Uso Pra Dizer O que se Cala” como traz Elza Soares, mulher brasileira que muito inspira as Manas do Reggae. Pela medicina da música, Karine Ana, vocalista das Manas, compôs essa canção dando voz a um processo pessoal que convoca um grito coletivo que chama por Respeito.
Para a construção dessa obra foi realizada a Vivência das Manas no Portal Naturae em Balneário Camboriú, que convidou 10 mulheres acima de 18 anos que sofreram situações de abusos em suas vidas para participar de roda de conversa tendo a música “Água Não Limpa” como ferramenta didática e de movimentos terapêuticos, os quais foram registrados pelo olhar vivo e profundo da fotógrafa Bruna Costa, e fizeram parte do clipe.
Na equipe de apoio das Manas na vivência, além das mulheres já citadas também estavam a psicóloga, psicanalista, poetisa e arteterapeuta Márcia Albuquerque, a condutora de círculos femininos, teáloga, terapeuta, analista jurídica e professora de dança Gabriela Astarte, a Educadora fisica, yogini, doula, batizada Indígena, mestre em reiki, pós graduada em Neurociência, condutora de encontros voltados ao desenvolvimento pessoal e expansão de consciência e âncora da egregora Reconexão com o Ser, Maria Karú, e a guardiã do espaço Bruna Nunes, 9 grandes potências ancorando esse movimento.
Além das fotografias da expressão das Voz das Manas que se abriram para fortalecer essa semente com a banda, o clipe também possui imagens de drone realizadas pelo videomaker Max Yan Scoz na praia do Canto do Poá (Penha) e gravações em estúdio no Café Maestro. De diferentes perspectivas, esse trabalho conta uma história que representa muitas outras, onde na maioria das vezes, a vítima se silencia, se sente culpada, suja, busca se limpar e “Água Não Limpa”. Esse clipe representa muitas pessoas, mulheres, homens, crianças que precisam também se dar voz e receber essa escuta. É um chamado para vítimas, agressores e cúmplices omissos a ver, enxergar e dar Voz a esses enredos para que as denúncias nos possibilitem operar essa transformação social dentro e fora de nós.
O clipe ainda não foi lançado e as Manas do Reggae já apresentaram a música ao vivo para estudantes e professores do Ensino Fundamental II das escolas municipais junto ao evento da Secretaria de Assistência Social no Teatro Municipal de Navegantes (SC). Após o lançamento, essa produção audiovisual servirá como ferramenta didática para trazer esse diálogo em rodas de conversa e palestras no CRAS e na escola Júlia Miranda do município mediadas pela professora e bióloga Karine Ana Radavelli com acompanhamento da psicóloga da equipe Márcia Albuquerque, e com abertura para se expandir mais e mais.