A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a gestão de recursos públicos na Secretaria Municipal de Educação de Penha ouviu na tarde de quarta-feira, 24, a secretária que comanda a pasta desde o início do ano passado, Thyrciane Santana. Esta foi a primeira oitiva realizada pela CPI da Educação.
A comissão agora está analisando documentos entregues pela secretária e deve convocar em seguida outros depoentes. “Vamos fazer uma reunião na próxima segunda-feira para analisar os documentos e marcar as novas oitivas”, afirma o vereador que preside a CPI, Luiz Fernando Vailatti (Podemos).
“Vamos fazer uma reunião na próxima segunda-feira para analisar os documentos e marcar as novas oitivas”
LUIZ FERNANDO VAILATTI
FOTOS, VICTOR MIRANDA
O relatório preliminar da CPI concluiu que existe fato determinado que justifica a abertura da investigação tendo como objetivo apurar o destino e utilização de verbas destinadas à Educação, contratações, demandas das unidades escolares, eventual desvio de servidores, análise de contratos e convênios, sobretudo no período em que a vice-prefeita, Maria Juraci Alexandrino (MDB), esteve no comando da secretaria (janeiro de 2021 à fevereiro de 2023).
Instalada no dia 16 de outubro, a comissão solicitou prorrogação dos trabalhos por mais 90 dias, considerando-se a quantidade de documentos a serem analisados e também pessoas a serem ouvidas. A CPI tem a relatoria do vereador Everaldo Dal Pozzo (PL), Célio Francisco (PSDB), Mário Moser (União) e Maurício Brocveld (MDB) como membros.
Desde o início da CPI, Juraci disse defender os trabalhos, mas que vê conotação política em um período já pré-eleitoral. “Mas faço um alerta: não subestimem o povo! A cidade está atenta e sabe que não se trata de investigar gestão, muito menos preocupação com a Educação; a motivação é a eleição! Os mesmos de sempre, com a estratégia já conhecida de tentar destruir reputações”, disse.
A decisão de abrir a CPI veio após o pronunciamento da secretária de Administração e Finanças de Penha, Camila Luchtenberg, dia 18 de setembro, na tribuna do parlamento. Com relatórios em mãos, ela categorizou que o orçamento de uma das principais secretarias do Governo foi extrapolado em quase R$ 17 milhões. Ela não categorizou que o rombo nas contas públicas tenha se originado pela pasta de Educação, mas deixou a informação nas entrelinhas.
[…] A primeira a ser ouvida pela CPI foi a atual secretária da pasta, Thyrciane Santana. […]